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27 de Outubro de 2024

 

O Circo do OE de 2025: um Espelho de Bruxelas!

O PS, após a palhaçada para entretimento popular que foram as negociações com o governo AD, decidiu assumir um ar responsável e mandar pela borda fora as suas convicções e princípios que até há pouco tempo jurava levar até às últimas consequências ainda que perdesse eleições e dispõe-se servilmente a dar a mão ao governo AD para que o OE seja aprovado e não haja uma crise política, num momento de crise internacional, sem possibilidade de solução via eleitoral.

Ninguém pode levar a sério as duas razões evocadas para tal decisão! Desde a apresentação do orçamento até à decisão “responsável” do PS nada mudou! Já se sabia que as últimas eleições tinham ocorrido em Março! E também se sabia que para o capital esta ordem no parlamento é a que lhe serve, no imediato ou querem fazer-nos crer que as sondagens passaram a ser oráculos? Ou será que o sentido de responsabilidade veio de Bruxelas? Resta saber por que mão.

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A Revolta de Lisboa

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O Aterro de Paradela e o Enterro dos Paspalhos Laranja

A Unidade de Valorização de Resíduos da Paradela, desde que Aterro Sanitário do Vale do Lima e Baixo Cávado  encerrou em Vila Fria (Viana do Castelo), inclui o único aterro sanitário e a única central de tratamento de lixiviados dos concelhos de Arcos de Valdevez, Ponte de Barca, Ponte de Lima, Viana do Castelo, Esposende e Barcelos. Portanto é em Paradela no limite geográfico do concelho de Barcelos, contíguo às freguesias de São Pedro de Rates e Laúndos do concelho da Póvoa de Varzim que a Resulima resolveu aterrar e lixiviar os lixos desses 6 concelhos.

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13 de Outubro de 2024

 Reergamos o Partido e Estreitemos a Nossa Ligação com as Massas Populares!

Da romagem ao cemitério da Ajuda aos ossários dos mártires da revolução, valentes combatentes da FEML e do MRPP pelo comunismo, Ribeiro Santos e Alexandrino de Sousa destacamos a alocução do camarada José V. que, abaixo, transcrevemos na íntegra

Hoje, não estamos aqui para lamentar a morte, mas para celebrar a vida e o legado de dois dos mais bravos camaradas que tombaram na primeira linha da frente de combate: Ribeiro Santos e Alexandrino de Sousa. Estes camaradas, que foram brutalmente assassinados, não foram apenas vítimas de um regime fascista, mas mártires de uma luta maior, a luta pela emancipação da classe operária, pelo derrube do sistema de exploração capitalista e pela construção da sociedade nova, a sociedade socialista.

Muito antes da sua trágica morte, já se destacavam como grandes dirigentes no movimento comunista estudantil, mostrando o seu compromisso inabalável com a revolução proletária. Eles emergiram como exemplos de liderança, formados profundamente nos princípios do marxismo-leninismo e da moral proletária, que inspiraram, e radicalizaram milhares de jovens, estudantes e trabalhadores.

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Póvoa de Varzim

Os Polvos da Póvoa

A Câmara Municipal da Póvoa de Varzim aumentou para 170 mil euros o montante destinado às iluminações de Natal, o que representa um incremento de 70% face ao ano anterior.

Numa época de carestia e de aumento do custo de vida, os "eternos" Aires Pereira e Luís Diamantino (PSD) "dão" pão e circo...

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Opinião

Sobre o anti-racismo

Voltando à questão do racismo e do anti-racismo, o camarada JC,  correspondente na Margem Sul, parte do 5.º ponto da Tese sobre a Questão Negra, – “A questão negra tornou-se parte integrante da revolução mundial” −  aprovada no 4.º Congresso da Internacional Comunista (III Internacional), para  desconstruir e denunciar  o discurso  de uma  chamada esquerda, reformista, oportunista e revisionista, e o sector  da pequena burguesia, especial  defensora dos direitos democráticos burgueses, onde cabem  as questões identitárias "fracturantes" (o próprio termo diz tudo..., ou seja,  apresenta-se a questão não como uma questão de classe, mas como uma problemática que divide os partidos que, por sua vez, representam os interesses das diversas classes e fracções de classe), e que não só escamoteia deliberadamente a luta de classes como defende a recauchutagem do capitalismo como a solução para a situação da classe operária.
Nesta perspectiva, acabam por colaborar no inculcar de racismo no seio da classe operária, principalmente como elemento de concorrência e divisão que funciona como uma cunha burguesa que visa quebrar a unidade da classe operária, cunha essa que é absolutamente necessário destruir.


 

Sobre o anti-racismo

A questão negra tornou-se parte integrante da revolução mundial
 Tese Sobre a Questão Negra
 4º Congresso da Internacional Comunista


Na linha do espírito de livre debate político comunista, própria do centralismo democrático, que se vive intensamente no órgão central do Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses – jornal Luta Popular – a redacção decidiu acrescentar uma breve nota ao texto da minha autoria, ali publicado a 28.06.20, com o título O significado da manifestação do Chega!.
A referida nota é de vital importância, na medida em que lança o mote para o aprofundar da discussão acerca da controvérsia em torno do racismo, que tem feito correr muita tinta, ultimamente.
A crítica do anti-racismo liberal em particular e das políticas identitárias em geral, é tarefa dos comunistas, que devem incessantemente denunciar o seu carácter de classe, pequeno-burguês.
De acordo com a leitura dos anti-racistas liberais, que, em Portugal, estão sobretudo, mas não só, ligados ao partido social-democrata BE, o racismo estrutural seria produto da precariedade das políticas de combate à desigualdade social e de insuficientes medidas de paliação da discriminação racial, no âmbito das instituições do Estado burguês. Assim, tratar-se-ia de um fenómeno da esfera superestrutural, cultural e institucional, que só poderia ser mitigado através do reforço do combate à pobreza, ou seja, de medidas reformistas de gestão das desigualdades económicas, geradas pela mecânica do processo de acumulação capitalista, e de campanhas de “sensibilização” dos portugueses, relativamente ao racismo.
Esta análise ignora o papel desempenhado pelo racismo na esfera infraestrutural, das relações de produção e na luta de classes, no nosso contexto. Os trabalhadores pobres racializados, principalmente os imigrantes e afrodescendentes, estão sobre-representados de forma acentuada nos sectores económicos que têm sido motor do crescimento do PIB, que antecedeu a crise gerada pela covid-19, nomeadamente o sector da construção civil, intimamente ligado à especulação imobiliária, da restauração e hotelaria, fundamentais para o turismo, e da agricultura. É também nestes sectores que a precariedade, a insegurança no trabalho, as condições insalubres de laboração e habitação, são regra, assim como o atropelo sistemático e violento à própria legalidade burguesa. O racismo estrutural não é, pois, mera consequência do descaso do Estado relativamente à pobreza, nem de uma herança cultural colonial, mas antes um instrumento fundamental de reprodução da divisão racial do trabalho, no quadro do território nacional, ou seja, um processo social de colonização interna de determinadas fracções de classe. Este mecanismo social actua em benefício de todas as classes que retiram partido do crescimento económico, acolitado nos referidos ramos da economia, designadamente a grande e média burguesia, assim como amplos sectores pequeno-burgueses. Trata-se de um dispositivo histórico de reprodução de relações sociais de exploração, que remonta à Antiguidade Clássica e, portanto, ao modo de produção esclavagista.
Desta forma, racistas não são apenas aqueles que se constituem como vanguarda política da pequena burguesia reacionária, com os seus projectos liberal-fascistas, mas também todos aqueles que, mesmo de forma involuntária, contribuem para a reprodução do racismo (infra)estrutural, ao não levarem até às últimas consequências a análise do fenómeno, à luz do método materialista dialético desenvolvido por Karl Marx, não vertendo, por isso, estas conclusões, na táctica.
Como materialistas práticos, ou seja, como comunistas, atacamos esta relação social de opressão pela raiz, apoiando concretamente as lutas dos trabalhadores pobres racializados e imigrantes, em torno dos seus interesses, reconhecendo o seu carácter de classe, proletário e, por isso, objectivamente revolucionário.

02Jun2020

Correspondente na Margem Sul, JC

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