PAÍS
ENFERMEIROS DA MARINHA GRANDE CUMPREM COM SUCESSO DOIS DIAS DE GREVE
- Publicado em 24.07.2014
No seguimento do que havíamos noticiado no Luta Popular, os enfermeiros do centro de saúde da Marinha Grande realizaram dois dias de greve com a adesão total dos 24 enfermeiros que ali trabalham bem como nas respectivas extensões de Vieira de Leiria, Garcia, S. Pedro de Moel e da Moita.
A exemplo do que ocorre com o centro de saúde Dr. Arnaldo Sampaio em Leiria, onde os enfermeiros também realizaram recentemente com êxito uma greve de dois dias, o centro de saúde da Marinha Grande, que com aquele integra o Agrupamento de Centros de Saúde ( ACES) Pinhal Litoral, tem uma carência de, no mínimo, mais treze enfermeiros para assegurar em condições de segurança e qualidade a prestação de cuidados de saúde da população da respectiva área.
Estes trabalhadores da saúde mostraram uma forte determinação em prosseguir a sua luta, apesar da promessa, claramente provocatória e com mera intenção de desmobilização, avançada pelos administradores do ministro de contratar dois (!!) enfermeiros para suprir a falta de mais de 20 para os dois centros de saúde.
E também aqui contaram com o total apoio das famílias trabalhadoras que recorrem diariamente aos seus serviços e que permanentemente correm o risco de não serem tratadas e assistidas em segurança, vítimas da mesma política terrorista do governo de traição nacional Coelho/Portas.
A justa luta em que os enfermeiros da Marinha Grande estão empenhados contra a escravidão a que são sujeitos – trabalho extraordinário programado, quando só é admissível a título excepcional, e não pago, realização de dois turnos seguidos, etc. –, luta essa que hoje se estende a todo o país, só terá sucesso se se unir à luta mais geral dos trabalhadores portugueses contra o roubo dos salários e do trabalho, contra a miséria e o desemprego e contra a destruição em curso da mais elementar e básica prestação de cuidados de saúde pelo Estado, acompanhada por um verdadeiro genocídio fiscal.
Por outro lado, a política de liquidação do Serviço Nacional de Saúde assumidamente levada a cabo pelo ministro Paulo Macedo só vem demonstrar que o aumento brutal dos impostos e o roubo dos salários e das pensões e os sacrifícios que o governo de traição nacional está a impor a quem trabalha não terá fim se não se eliminar a causa que a gera – a permanência de Portugal no Euro – e não se formar um governo de unidade democrática e patriótica.
E o melhor instrumento para unir os milhões de portugueses que hoje estão contra este governo de traição nacional para correr com ele é uma greve geral nacional de 48 horas!
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