PAÍS
Plenário dos trabalhadores e reformados do Metro e da Carris - Ousar lutar para ousar vencer!
- Publicado em 08.02.2014
(do no correspondente no Metropolitano)
Várias centenas de trabalhadores e reformados do Metropolitano de Lisboa e da Carris reuniram-se em plenário esta sexta-feira, 07/02, no Largo de Camões reafirmando a sua determinação na luta contra o roubo dos salários, contra o roubo dos complementos de reforma, conta o congelamento das carreias, contra a privatização.
Faixas pelo derrube do governo, contra o roubo nos salários e pensões, “deixem de roubar os reformados, porra”, eram empunhadas pelos trabalhadores e reformados que participaram no plenário convocado pelas organizações representativas dos trabalhadores.
Vários dirigentes intervieram a apelando à continuação da luta, sem desfalecimentos, sem tréguas, porque além dos processos jurídicos que estão avançar nos tribunais, a luta nos locais de trabalho, o combate contra o espoliar dos direitos, tem de se manter sem recuos, contra o canto das sereias, venha ele da parte das empresas ou dos que se dizem defensores de trabalhadores.
O derrube do governo foi reafirmado por alguns dos dirigentes sindicais, e a alternativa de um governo democrático patriótico como foi reafirmado por Luís Franco, presidente do SINDEM, mostrou que os trabalhadores e reformados destas empresas não têm ilusões quanto ao facto de que só com a queda deste governo vende-pátrias e a imposição de um governo ao serviço do trabalho contra o grande capital, estes roubos, esta retirada de direitos, poderá ser travada e os trabalhadores e reformados serem ressarcidos desses mesmos direitos, salários e pensões.
Durante o plenário foi aprovada uma moção que foi entregue posteriormente no Ministério da Economia. Apesar de o objectivo inicial ter sido o de uma delegação composta por 5 dirigentes sindicais entregá-la em mão ao secretário de estado, tal não foi possível devido à arrogância e falta de consideração do referido governante.
Começando por afirmar só receber 3 dos 5 dirigentes, face à atitude de firmeza de Luis Franco, presidente do SINDEM, que propos aos restantes sindicalistas – e estes subscreveram - que “ou o secretário recebe todos ou não recebe ninguém”, acabou por dar indicação à secretária de que receberia todos os elementos que compunham a delegação sindical.
Contudo, volvidos 40 minutos de espera, e de novo por proposta de Luis Franco, face à manifesta falta de educação exibida pelo arrogante secretário de estado, os sindicalistas abandonaram as instalações do Ministério da Economia, recusando-se a esperar mais um minuto que fosse.
Recorde-se que na moção adoptada pelos trabalhadores e reformados reunidos neste plenário onde se exige a suspensão da aplicação do artigo 75 da lei do OE para 2014, assim como se exige que a empresa cumpra os Acordos de empresa, nomeadamente o retomar imediato do pagamento dos complementos de reforma e o descongelamento das carreiras, entre outros pontos.
Nesta moção, aprovada por unanimidade, é reafirmado que, se nas próximas reuniões, a ocorrerem durante este mês de Fevereiro, não forem aceites estas reivindicações, os trabalhadores do Metro de Lisboa e Carris irão avançar com novas formas de luta, dispostos a lutar para ousar vencer. De salientar de que na Carris os trabalhadores vão fazer greve às horas extraordinárias entre 21 de Fevereiro e 31 de Março.