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PAÍS

As eleições para o Parlamento Europeu realizam-se sob a égide da guerra.

Se até aqui, os votos dos deputados portugueses no Parlamento Europeu e que em grande parte até são desconhecidos, têm sido, na sua esmagadora maioria, votos de traição nacional, já que não se registou um único exemplo que tenha tido em vista a defesa do verdadeiro desenvolvimento e progresso de Portugal, a nova situação geopolítica levará a imposições no campo militar, que obrigarão não apenas a uma austeridade social, mas a uma verdadeira economia de guerra, com as burguesias de França e da Alemanha a fazerem contas aos ganhos que terão no negócio, a que se seguirão intervenções mais drásticas a nível operacional. É o ministro alemão da defesa, quem avisa: “Temos de nos preparar para a guerra na Europa.

 A preparação da guerra está anunciada e ninguém está inocente. Também temos uma certeza: os que ousarem desobedecer às directivas da UE/EU serão punidos economicamente com a ameaça de sanções, cortes, negação de fundos, etc, com consequências óbvias nas suas economias. Já tivemos exemplos dessa actuação.

A União Europeia deixou de ser a pomba, deixou de estar envolta no véu da democracia e mostra a sua verdadeira essência reaccionária.

O PCTP/MRPP sempre denunciou que a entrada de Portugal na UE e a adesão ao Euro foi a venda da nossa independência e da nossa soberania em termos económicos, financeiros, orçamentais, monetários, cambiais, etc. Em consequência dessa venda ficámos sujeitos à imposição de empréstimos, à aceitação de uma dívida que é um autêntico e interminável garrote.

No seu manifesto de 2019, o PCTP/MRPP referia “Nunca acalentámos a ilusão de que o Parlamento Europeu deixasse de servir apenas de uma mera fachada democrática a um projecto de colonização dos povos e países europeu pelo imperialismo germânico, devendo por isso ser palco e tribuna por parte dos deputados do PCTP/MRPP para combater esse projecto e a tentativa de transformar os operários e os povos europeus em carne para canhão de uma cada vez mais certa guerra mundial imperialista.

Hoje a guerra já está em acção e, nesta situação, a pergunta que todos os trabalhadores portugueses e especialmente os operários devem colocar é: Portugal ou qualquer país da UE tem o poder de decidir soberanamente sobre a guerra e a paz?

Todos sabemos que não. O que a Europa precisa é de carne para canhão para alimentar a guerra necessária para a sobrevivência do capitalismo.

Por isso, o PCTP/MRPP, ao decidir não apresentar candidatura às eleições para o Parlamento Europeu, manifesta claramente a sua oposição à guerra inter-imperialista em desenvolvimento, e conclama as portuguesas e portugueses a terem uma posição activa de boicote à farsa eleitoral montada, transformado-a no referendo que nunca lhes foi possibilitado, através da anulação do voto com uma frase revolucionária.

pctpmrpp

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