PAÍS
Linha Saúde 24: Readmitidos 17 dos 150 trabalhadores despedidos. Os trabalhadores vencerão!
- Publicado em 05.02.2014
A empresa foi forçada a readmitir 17 enfermeiros dos 150 que entretanto foram despedidos, trabalhadores que não aceitaram as novas alterações contratuais que consistiam na redução salarial e aumento da precariedade. Uma pura acção propagandística simulando uma resposta e um ligeiro desagravamento da situação, perante as recentes declarações públicas do Ministro da Saúde, “apelando à reposição da legalidade na Linha Saúde 24 e ao cumprimento do contrato”, a nosso ver mais uma acção de propaganda e desfaçatez por parte deste governo que continua a matar com precisão cirúrgica o SNS.
Para os trabalhadores, esta readmissão não resolve os problemas da linha e dos enfermeiros, consistindo apenas em "mais um episódio da gestão errática e propagandística" da empresa, que acusam de estar a destruir a credibilidade da Saúde 24.
Em comunicado distribuído, os trabalhadores recordam que que desde a imposição coerciva da redução salarial, no passado mês de Dezembro, por parte da empresa até ao início deste mês foram despedidos 150 enfermeiros (perante as "evidências claras e públicas de uma actuação ilegal e grosseira"). Esta situação está sendo colmatada pela entrada de enfermeiros com formação de quatro dias e sem qualquer experiência na área.
Esta escassez de especialistas resultou na perda de uma média de 1.000 chamadas por dia, o que ainda assim não terá sido suficiente para mudar a actuação da empresa, adiantam os trabalhadores. Esta posição draconiana da administração desta linha concessionada pelo Estado a privados, coloca em risco os utentes e a própria Saúde 24.
A actual situação do combate duro destes profissionais demonstra que só ousando lutar se poderá ousar vencer, mas também mostra de que não basta revelar que o rei vai nu, é preciso pegar nestes importantes riachos de luta e transformá-los numa luta mais geral do sector e muito mais importante na luta pelo derrube deste governo vende-pátrias, porque enquanto se mantiverem no poder estes traidores os trabalhadores não conseguirão impor os seus direitos.
E reafirmamos, a imposição do governo democrático patriótico é cada vez mais um factor determinante dos que querem ousar vencer esta batalha. É cada vez maior o número de trabalhadores que não estão dispostos a hesitar, porque não há tempo a perder.
Os trabalhadores vencerão!