PAÍS
Trabalhadores e reformados do Metro de Lisboa ousam lutar para vencer
- Publicado em 27.01.2014
(do nosso correspondente no Metropolitano)
Os trabalhadores e reformados do Metropolitano de Lisboa demonstraram nesta segunda-feira, que não estão dispostos a baixar os braços na sua luta contra o roubo nos salários, no roubo dos complementos de reforma, na concessão e privatização dos serviços públicos de transporte.
Num plenário com a presença de muitas centenas de trabalhadores e reformados e no qual estiveram presentes, numa manifestação de solidariedade para com a sua luta, reformados da Carris, realizado neste dia, 27 de Janeiro, estes aprovaram uma moção onde contestam com enorme veemência os cortes impostos pelo OE de 2014, considerando este um orçamento tipicamente terrorista.
Nesta moção aprovada por unanimidade exigem nomeadamente que a empresa retome o pagamento dos complementos de reforma, o descongelamento das carreiras, e o cumprimento dos Acordos de empresa. Os trabalhadores e reformados presentes, decidiram ainda marcar um plenário conjunto, público, de trabalhadores reformados e no activo do Metro e da Carris para 7 de Fevereiro, no Largo de Camões, em Lisboa, seguido de uma ida até ao Ministério da Economia, para "perguntar ao secretário de Estado dos Transportes o que vai decidir sobre o futuro das empresas", que foram fundidas, Carris e Metro.
Esta posição mais que justa dos trabalhadores do Metropolitano de Lisboa vem ao encontro dos pontos de vista expressos pelo PCTP/MRPP, única força política que sempre inscreveu nos seus programas eleitorais que, quer o Metropolitano de Lisboa, quer a Carris, deverão ser municipalizados.Também decidiram pedir uma reunião urgente ao presidente da Câmara de Lisboa para saberem qual a sua posição sobre a concessão da empresa a privados. É importante referir que o presidente actual da edilidade tem vido a terreiro afirmar que “está contra a intenção do Governo de concessionar a Carris e o Metro”, posição a nosso ver dúbia, porquanto durante este processo só se viu o esbracejar mas nada de actos concretos.
Neste plenário Luís Franco, presidente do SINDEM, um das organizações que convocaram este importante plenário, referiu-se nomeadamente às afirmações de traição proferidas recentemente pelo secretário-geral da UGT, Carlos Silva, sendo apoiado pelos presentes.
No final do plenário os trabalhadores e reformados presentes tomaram a decisão de marchar em manifestação desde do Saldanha até ao Ministério do Emprego e Segurança Social, na Praça de Londres, em Lisboa, gritando palavras de ordem como “a luta continua, governo para a rua”, "parem de roubar quem viveu a trabalhar", “Metro jamais será vencido”, entre outas palavras de ordem que foram apoiadas pela população no percurso por onde passava a manifestação que contou com centenas de participantes.
Ficou demonstrado que os trabalhadores deste importante sector não desarmam no seu combate contra a prepotência e as políticas reaccionárias e terroristas impostas por este governo, mostrando também que o caminho a seguir é o derrubamento do governo
Coelho/Portas, não havendo tempo a perder. Quem ousa lutar, ousará vencer!