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PAÍS

Penafiel: Salários em Atraso

(do nosso correspondente)

Este texto refere-se ao artigo “Em Portugal Cada Vez se Ganha Menos...

Um grande bem-haja por este trabalho corajoso de desmascarar as atrocidades que se vão cometendo neste nosso Portugal!



Este texto leva-me a dar a conhecer um caso que se tem passado na freguesia de Macieira, concelho de Lousada.

Em inícios de Setembro, uma empresa têxtil abriu concurso para contratação de 20 trabalhadoras (costureiras), para abrir mais uma linha de produção. Apresentaram-se poucas, pois a má reputação desta unidade fabril levou a que ninguém queira apresentar-se para trabalhar nesta empresa. 

Há relatos de que tem sido vistoriada alegadamente por técnicos da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) de Penafiel, mas até hoje a empresa continua a laborar.

Há relatos das funcionárias, sempre amedrontadas, de que nesta fábrica se praticam abusivamente horas extraordinárias sem serem pagas e de que há salários que nem chegam aos €300 mensais.

Quem não faz horas extras é confrontado com ameaças de desemprego, maltratadas verbalmente e humilhadas, coisas que infelizmente são práticas comuns no dia a dia destas empresas.

Já foi dado a conhecer, junto do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) local, também de Penafiel, no sentido de não colocarem trabalhadores nesta empresa, mas continuam a fazê-lo.

Houve uma operária que se queixou junto do IEFP e a empresa foi obrigada a pagar-lhe os descontos que não lhe estava a fazer há mais de 6 meses e a pagar-lhe os restos dos salários Só que logo a seguir a mesma empresa lhe facultou uma declaração previamente feita para a operária assinar, não sabendo a mesma (iletrada) que estava a assinar o seu próprio despedimento Recentemente, temos relatos de operárias recém-contratadas que já foram avisadas de que, enquanto não derem a produção, irão receber apenas 270,00 € (nem chega aos 310,00 € do relatório do INE), provavelmente sem descontos e com a conivência dos técnicos da ACT e do IEFP locais que, conhecendo os factos, continuam a permitir (com a omissão dos seus actos) que a empresa possa explorar estas operárias cuja alternativa é o desemprego.

Só para se perceber que o que escreve tem muita razão de ser e que deve continuar a ter força para o fazer.





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