PAÍS
A Greve na Dura Automotive Alcançado aumento de 40,00 € mensais no salário e compromisso de revisão das categorias profissionais
- Publicado em 17.05.2014
A greve prolongada de sete dias consecutivos realizada na fábrica da Guarda da multinacional alemã Dura Automotive decorreu até ao fim sempre com uma adesão que rondou os 90% e em que sobressaiu uma exemplar combatividade e firmeza por parte dos operários mais jovens, que são quem mais arriscam ser vítimas da perseguição patronal, os quais se mantiveram diariamente à porta da fábrica durante todo o período da greve.
No final da greve, os lacaios da administração acederam a negociar com a Comissão de Trabalhadores, acabando por aceitar um aumento salarial mensal de 40,00 € para todos os trabalhadores desta fábrica, o que representa uma média de 5% de aumento (para um salário médio de 800,00).
Acresce que ficou ainda estabelecido o compromisso da administração de iniciar a negociação da alteração das categorias profissionais até ao final do ano.
A cedência da administração no aumento salarial alcançado deveu-se exclusivamente à greve prolongada levada a cabo com uma forte e firme adesão pelos operários, e ao pavor dos agentes do capital alemão de ter pela frente mais uma greve de sete dias.
Mas, como reconheceu a própria presidente da C.T., embora tendo obtido um razoável aumento salarial, a luta dos operários desta fábrica da Guarda não pode ficar por aqui, visto que não foi ainda atingido um outro objectivo relacionado com a revisão das categorias profissionais, questão que tem contribuído, não apenas para submeter estes operários a uma inadmissível taxa de exploração da sua força de trabalho por parte da multinacional do país da Senhora Merkel, como para cavar a divisão com os seus camaradas da fábrica do Carregado que, não se pode ignorar, têm na administração e nos capitalistas alemães o único inimigo comum.
Fortalecidos na luta que acabaram de travar com firmeza, as operárias e operários da fábrica da Guarda da Dura Automotive, construindo uma correcta unidade com os seus camaradas de trabalho da fábrica do Carregado, estarão aptos a vencer as próximas batalhas!
E não podem ignorar que se o patrão germânico assim se comporta, roubando o salário e utilizando toda a espécie de manobras para dividir os trabalhadores e intensificar a exploração, é porque conta com o governo de lacaios e de traição nacional PSD/CDS.
Viva a luta dos operários da Dura Automotive!
P./A./G.