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PAÍS

O Novo Banco já está Falido

A crise bancária que levou à falência do Banco Espírito Santo e de todo o Grupo Espírito Santo transformou-se numa crise geral do sistema financeiro português e contaminou já toda a economia do nosso País, de tal modo que o País está, para todos os efeitos, paralisado.

Tínhamos avisado há mais de um mês que o expediente de resolução bancária imposto por Mário Draghi e pelo Banco Central Europeu no dia 3 de Agosto a Portugal, com a criação do chamado banco bom – o Novo Banco – e do banco mau – o BES, SA – fazia do nosso País uma cobaia da União Europeia para experiência futura no campo das crises bancárias e financeiras, mas que tal política se saldaria por um agravamento da crise e pelo pagamento da falência pelo povo trabalhador português.

O supervisor Carlos Costa, governador do Banco de Portugal, para além de lacaio de Franqueforte, revelou-se um incompetente, totalmente incapaz de fazer face à tremenda crise política, financeira e bancária saída da falência do banco e do grupo Espírito Santo.

Ainda hoje ninguém sabe quais são os activos e as verbas do passivo que deveriam ter transitado imediatamente para o Novo Banco. Logo que Vítor Bento, também ele um acabado incompetente em matéria bancária, começou a vender activos do Novo Banco, não se lembrou de outra coisa que não fosse desfazer-se da Tranquilidade e de todo o agrupamento segurador do império Espírito Santo, o que levou a que esse activo, entretanto transformado em penhor do ex-BES, fosse dado quase de borla aos americanos.

Vítor Bento demitiu-se da direcção do Novo Banco, porque, bem feitas as contas, o Novo Banco já está ele também falido, circunstância que, há mais de um mês, o Luta Popular Online tinha previsto que iria acontecer.

O agrupamento bancário Espírito Santo representava então cerca de 20% da actividade bancária comercial portuguesa. As mais de quatrocentas empresas do Grupo Espírito Santo, com os seus 28 000 trabalhadores, representam qualquer coisa como 20% de toda a economia portuguesa, ou seja, mais de um quinto do nosso produto interno bruto.

Portugal não tem primeiro-ministro, não tem ministro das finanças e verdadeiramente está sem governo numa altura em que sofre uma crise política, económica, financeira e social que é a maior de todas nos últimos cento e quarenta anos.

Nos últimos dois meses, para além de terem participado, conjuntamente com o governador do Banco de Portugal e com o presidente da República, no golpe-de-estado legislativo da noite das facas longas (31.07 a 03.08 de 2014), o governo, o primeiro-ministro e o ministro das finanças nada disseram sobre a crise do Grupo Espírito Santo.

É tudo como se não houvesse governo em Portugal.

O único responsável directo por esta situação, em que o País em crise tem a sensação de que não há governo, é o presidente da República. Com efeito, foi Cavaco quem impediu a realização de eleições legislativas antecipadas a tempo, logo a seguir às eleições europeias, e forçou a manutenção do governo de traição nacional Coelho/Portas no poder.

O presidente da República tornou-se no único obstáculo ao funcionamento democrático da Constituição. Deve demitir-se imediatamente. Ou, então, submetido a uma junta médica, que o declare mentalmente incapaz do exercício do cargo.

Quando o palhaço do supervisor Carlos Costa, na noite de 3 de Agosto último, garantiu ao País que o sistema de resolução bancária, com a criação do Novo Banco, não custaria dinheiro aos contribuintes, logo viemos a público dizer que esse expediente experimental custaria mais de vinte e cinco mil milhões de euros ao povo português, e não sabíamos ainda que, nessa mesma noite, e sem que ninguém também soubesse, o paspalho do governador Carlos Costa já tinha metido no híper-falido BES três mil milhões de euros do nosso orçamento, para pagar a Draghi um empréstimo de igual montante, feito, havia pouco mais de um ano, pelo Banco Central Europeu ao banco da família Espírito Santo.

Sabe-se que a política do supervisor Carlos Costa é vender imediatamente o Novo Banco, por qualquer que seja o preço e seja lá quem for o eventual comprador.

Esta política é absolutamente suicida e significa que os 4,2 mil milhões de euros do nosso orçamento já postos no fundo de resolução bancário do BES irão pura e simplesmente desaparecer. Neste momento já não existem, e foi isso que levou à demissão do Careca.
Portugal está, ele próprio, à beira da falência total. Todas as forças democráticas e patrióticas devem unir-se para derrubar o governo de traição nacional Coelho/Portas, expulsar Cavaco da presidência e parar imediatamente todas as operações da venda das empresas Espírito Santo, como primeiro passo para a nacionalização de todo o Grupo.

Devem os trabalhadores do banco e do grupo Espírito Santo convocar imediatamente um Plenário de Trabalhadores, para escolher uma Comissão Central dos Trabalhadores do Grupo Espírito Santo, e decretarem eles próprios a nacionalização de todas as empresas do Grupo, elegerem em cada empresa um comité de controlo com trabalhadores da empresa, e retomando, sob controlo dos trabalhadores, a respectiva actividade.

Operários e Trabalhadores do Grupo Espírito Santo: a questão agora é convosco e deveis tomá-la corajosamente nas vossas mãos!

Espártaco

Vem ao Comício do PCTP/MRPP
Voz do Operário, 16 de Setembro às 21H00

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