Correspondências
Do nosso correspondente em Coimbra recebemos este interessante artigo que agora publicamos:
Reflexão sobre o proletariado: estudo de caso
Ao longo das últimas décadas, nos países ditos desenvolvidos, temos assistido à exportação das contradições entre o trabalho e o capital. Com a mecanização da produção agrícola, a automatização da produção industrial, e a deslocalização da produção primária para fora das metrópoles, deu-se inevitavelmente também um offshoring significativo do proletariado, para os países periféricos.
Este fenómeno confirma-se consultando dados estatísticos que revelam um enorme movimento demográfico em Portugal, dos sectores primário e secundário para o terciário.1 Naturalmente, não se pode daqui concluir que não haja proletários explorados no quadro económico nacional, inclusive na agricultura e na indústria. No entanto, interessa notar que existem fracções do sector terciário que, não estando directamente ligadas ao processo produtivo, são fundamentais para o funcionamento das cadeias de produção e realização das mercadorias.
Este fenómeno representa uma considerável alteração da estrutura produtiva em Portugal, levanta a questão de quem constitui, na actualidade, o proletariado nacional, enquanto classe em si. Serão apenas os operários fabris e outros trabalhadores do sector secundário, ou devemos também incluir alguns dos trabalhadores que exercem funções no sector terciário? Se sim, quais?
Vale de Cambra - Construção Civil
Mais 4 vítimas operárias da guerra de classes:
Um morto, dois feridos graves e um ligeiro em Vale de Cambra
Arnaldo Matos: Um intrépido dirigente e combatente marxista!
No próximo dia 22 do corrente mês, assinalamos dois anos do desaparecimento físico do maior marxista português, o eminente camarada Arnaldo Matos! A morte inesperada do camarada Arnaldo Matos constituiu uma terrível perda tanto para a classe operária, como para o seu Partido de vanguarda, o PCTP/MRPP.
Falar no camarada Arnaldo Matos não é coisa fácil, muito pelo contrário, é algo complexo e de uma abrangência enorme, quer pelos mais variados domínios em que o camarada Arnaldo Matos participou e interveio, quer pela sua forte e justa personalidade, sempre brilhante e claramente meritória! Desde tenra idade, o nosso saudoso camarada Arnaldo Matos envolveu-se nas mais diversificadas lutas pela libertação do ser humano do jugo, da servidão, e do crescente pauperismo, que a burguesia e o seu modo de produção capitalista tanto fomentam e produzem. Basta recordar o papel fundamental de Arnaldo Matos, na fundação da Esquerda Democrática Estudantil (EDE), organização fundada na sequência das primeiras manifestações contra a Guerra do Vietname, quando foi nomeado para delegado do movimento de Maio de 1968, em Portugal; quando foi eleito em 1961, como secretário nacional dos estudantes portugueses.
Juventude
Sobre a Praxe
É quase impossível, na actualidade, pensar o Ensino Superior e o contexto académico sem fazer uma análise à praxe e, na esquerda reformista (reaccionária no plano material) existem duas posições distintas a conhecer:
- a posição praxista, que considera a praxe uma ferramenta a instrumentalizar numa tentativa de recrutar estudantes e mobilizá-los para as suas causas tendencialmente eleitoralistas;
- a posição anti-praxista, tão ou mais idealista que a anteriormente referida, que vê a praxe académica como um ritual moralmente degradante e que reproduz uma série de fenómenos negativos da nossa sociedade.
O Departamento da Juventude do PCTP/MRPP reuniu no Porto
Dando cumprimento à resolução para a reorganização da juventude revolucionária do I Congresso Extraordinário do Partido, foi constituído e, no passado dia de 12 de Janeiro, reuniu na cidade do Porto o Departamento da Juventude do PCTP/MRPP, tendo elegido o camarada José Afonso Lourdes seu secretário.
Educação
A propósito da proibição das aulas on-line
A igualdade e a equidade constitucionais social-fascistas
(socialistas pouco, fascistas muito)
Há pouco mais de uma semana, com a pompa e circunstância e falsidade que lhe é tão característica, o primeiro ministro Kôsta, decretou, a respeito de uma das medidas do novo estado de confinamento, o fecho das escolas e a proibição das aulas on-line.
Numa primeira fase abrangia apenas as escolas públicas. Posteriormente, o ministro (sem) educação Tiago Brandão Rodrigues veio esclarecer que esta medida se estendia também ao ensino particular e social, alegando questões de igualdade e equidade (em relação às escolas públicas) “para que ninguém ficasse para trás”.
Um país sem cultura não é um país!
No passado dia 2 de Dezembro, em frente ao teatro Rivoli, no Porto, decorreu uma iniciativa que reuniu cerca de 100 universitários da Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE), Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP), Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP), Escola Superior de Media Artes e Design (ESMAD) e Escola Superior de Artes e Design (ESAD)
Saúde
“Luto contra três gigantes, querido Sancho; estes são: o medo, que tem forte raigambre e que toma conta dos seres e os sujeita para que não ultrapassem o muro do socialmente permitido ou admitido; o outro é a injustiça, que subjaz no mundo disfarçada de justiça geral, mas ...
O confinamento capitalista autodenuncia-se e anuncia o seu fim
Falar sobre o confinamento é tão vago como o próprio confinamento.
Neste segundo confinamento temos serviços a funcionar parcialmente, temos falsos negativos e falsos positivos, temos o número de mortes e infectados a disparar, temos a religião e a política a serem escolhidas e sem regras em detrimento da cultura e da educação, temos os problemas dos lobbies farmacêuticos, temos um aumento do número de mortes por outras causas não covid como consequência e troca de prioridades, temos subsídios e linhas de crédito para empresas que vão falir, temos o caos nos transportes públicos, em particular nos comboios a abarrotar sem haver reforço, aliás reduziu-se a frota, cuja propagação é potencialmente perigosa, temos um desinvestimento no serviço nacional de saúde, falta de apoios, má planificação, "temos os hospitais lotados em colapso mas com menos doentes do que é habitual nesta época do ano mas não há capacidade de drenagem (de doentes covid) dos doentes porque o fluxo dos doentes está entupido" – ex-bastonário da ordem dos médicos, temos enfermeiros a serem despedidos, temos uma parte considerável de médicos de renome e com forte impacto no tratamento de doenças imunológicas e infecciosas a descredibilizar a ministra da saúde e a directora geral de saúde, temos a cultura do medo e um Bosta a imputar a responsabilidade aos portugueses e usadas como arma de arremesso para desviar as atenções dos verdadeiros responsáveis pelo genocídio vigente, o maior dos últimos anos, temos isto e muito mais.
A escandalosa situação dos contratados no Serviço Nacional de Saúde
Hospital de Vila Real: Enfermeiros à espera de renovação de contratos
Hospital de Faro: Funcionárias dos serviços de alimentação em final de contrato
O estado de emergência serve para confinar, encerrar, proibir, subsidiar, “layoffiar”, despedir e tudo o mais, mas não serve sequer para segurar o pouco que resta do SNS.
2020 - Maior índice de mortalidade desde 1920!
Balanço trágico entre “menos mortes” Covid-19 e mais mortes não-Covid!
Política geral
Depois do Sufrágio Eleitoral Presidencial
As eleições realizadas no Domingo, dia 24 de Janeiro, para escolha do presidente da República serviram apenas para criar a ilusão, como é próprio nas democracias burguesas, que naquele momento, a população tem o poder e a liberdade de escolher quem a vai representar.
Contudo, desde o dia em que António Costa apresentou a candidatura de Marcelo na Autoeuropa ( Maio de 2020) que as cartas estavam lançadas e os votos contados. Desde esse dia, que o pacto de direita e de submissão ao imperialismo europeu ficou estabelecido. E todos o sabiam, incluindo Ana Gomes e toda a falsa esquerda que gritando histericamente contra o perigo da direita, mais não fizeram do que estender a passadeira a essa direita e extrema direita.
Efectivamente, foi o apoio do PS que veio permitir a divisão da direita sem problema. A direita liberal e a extremista, antes acolitada na candidatura de Marcelo, ficaram com condições para e revelarem sem pejo nem risco.
Por lapso foi editado um ficheiro errado. Desse facto, de que nos penitenciamos, procedemos agora, 23:00 de 20 de Janeiro, à correcção, substituindo esse ficheiro pelo correcto
Sobre a farsa eleitoral:
a universalidade do sufrágio é apenas virtual
Os nossos leitores sabem que não apoiaremos nenhuma das candidaturas que se apresentam a estas eleições; se as eleições burguesas são sempre uma farsa, estas estão transformadas na maior farsa de todos os tempos!
As mentiras da Ministra da Justiça e os “grandes” argumentos de autoridade de Costa
Herança dos idosos para encher a pança aos burgueses do capital
Demissão no SEF é manobra de desresponsabilização do Estado repressor!
Internacional
A alteração geopolítica no Golfo
Irão: um assassinato prenunciador da guerra inter-imperialista!
O assassinato levado a cabo pelos serviços secretos de Israel, a famigerada Mossad, de Mohsen Fakhizadeh, considerado como responsável pelo programa nuclear iraniano, tem de ser contextualizada no quadro da corrida que, neste momento, se trava entre os blocos imperialistas – o dirigido pela China e o dirigido pelos EUA – no Médio Oriente.
Ensaio
A vida de um cantoneiro em Portugal!
Este artigo demorou a ser publicado, porque o capitalismo resolveu novamente fazer das suas! O nosso camarada/correspondente do Norte, e entrevistado neste artigo, esteve num total estado de estagnação, ...