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PAÍS

Imagine-se: Afinal Até o Banco Bom Pode Falir…

novo banco falido 001Todos estaremos bem lembrados que Carlos Costa, um paspalhão incompetente e ignorante que é governador do Banco de Portugal e supervisor de todo o sistema bancário nacional, veio, às 23H00 daquele domingo da noite das facas longas, reconhecer que, em última análise, o BES estava falido, mas que ele, supervisor, tinha uma solução inatacável para o problema: dividiria o BES em dois; ao primeiro chamaria Novo Banco e transferiria para ele tudo o que de bom tinha o velho BES; ao segundo, BES, e manteria nele tudo o que era mau.

Costa resolvia o assunto à maneira de Alexandre, o Grande: com a sua espada, cortaria o nó górdio em dois: bom para um lado, mau para o outro.
Claro é que o imbecil que puseram à frente do nosso banco central não sabe o que é a dialéctica, porque se a conhecesse, não se esqueceria nunca que um íman – tal como um banco – tem em cada extremo um pólo, positivo ou negativo, que é sempre contrário ao pólo (negativo ou positivo) do outro extremo; e saberia também que, sempre que dividisse o íman (ou o banco) em dois, ficaria sempre com dois ímans (ou com dois bancos), cada um deles com pólos contrários, positivo ou negativo, em cada um dos seus extremos.

Assim, quando transferisse a parte boa do BES para o Novo Banco, teria de transferir para ele a parte má inerente à boa; e que, com a parte má que ficaria no velho BES, teria também de ficar a parte boa que era inerente à má.

Ou seja: o Novo Banco reproduzirá sempre, numa certa medida, a estrutura do velho BES; e o velho BES reproduzirá sempre, numa dada medida, a estrutura do Novo Banco.

Assim, os recursos a clientes, isto é, os depósitos, ficarão no Novo Banco, se houver dinheiro para os pagar, e, no velho BES, se não houver dinheiro para pagamentos.
O crédito a clientes ficará no velho BES, se for crédito mal parado, e no Novo Banco, se for crédito cobrável. Mas enquanto não se sabe se haverá ou não dinheiro para pagar os depósitos e para cobrar os créditos, em qual dos bancos é que ficarão os depósitos e os créditos?

Do ponto de vista económico e financeiro – e até matemático – a actividade e os registos de actividade de um banco são eminentemente contraditórios. Por isso não há – nem pode haver – bancos bons e bancos maus.

Os bancos são simultânea e contraditoriamente bons e maus; e até podem ser bons e maus para uns e para outros, consoante o tempo e o espaço. Pois é, lá voltamos ao tempo e ao espaço, coisa que o Costa reduz abaixo do Porto e acima do Porto e já agora, porque não abaixo de Braga ou acima de Braga?!...

O certo é que na noite de domingo, dia 3 de Agosto, para o ignorante supervisor Costa, o BES, que estava falido, ia dar em dois bancos: o bom banco e o mau banco.

Até os miúdos que ainda estivessem a pé para ouvir o Costa perguntariam em uníssono em todo o País: e, então, o banco bom pode falir? E o banco mau pode ter lucro?
Costa não ouviria as perguntas dos miúdos, mas se as ouvisse – e fosse um homem competente e sério, coisas que já se sabe que não é – ter-lhes-ia respondido: sim, o banco bom pode falir e o banco mau pode ter lucros.

E, se Costa não se escapasse para lá do Barredo, ainda ouviria as gargalhadas dos nossos miúdos: então para que serve criar um banco bom e um banco mau?!

Ora, Costa sabe muito bem que a criação do Novo Banco não é solução para a falência do BES. A solução é unicamente a nacionalização sem pagamento de qualquer verba, pois, no seu conjunto, o banco está ultrafalido. E porque como se sabe, a acta da reunião secreta da noite das facas longas confere a Costa “o poder de dissolver o Novo Banco em momento anterior à alienação do património caso conclua que a mesma não é possível.

Se, no fim de toda esta conduta temerária de cobaia, Carlos Costa dissolver o Novo Banco e já tiverem voado 4,5 mil milhões de euros do erário público injectados no chamado fundo de resolução, como é que Carlos Costa vai recuperar essa verba colossal?

O leitor já está com certeza a ver o caso: mais uma vez, vamos pagar, com cortes nos salários e nas pensões, o dinheiro público perdido na recuperação de um banco privado falido.

É por tudo isto que nos cumpre exigir a nacionalização de tudo quanto houver em Portugal do Grupo Espírito Santo e do Banco Espírito Santo, sem pagar um cêntimo que seja.

O governo, o presidente da República, os reguladores, mancomunados com as instituições europeias, estão a montar uma tragédia contra o povo português.
Levantemo-nos contra essa canalha de traidores!

Cadeia com os gatunos! Onde anda a Procuradora-Geral da República e o Ministério Público, se nada fazem contra a quadrilha da família Espírito Santo?


Espártaco 


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