CampanhaFundos202206

IBAN PT50003502020003702663054   NIB 003502020003702663054

25 de Abril de 2024

As Forças Armadas ao Serviço do Imperialismo

Arnaldo Matos

As Forças Armadas, de portuguesas, só têm o nome. As Forças Armadas ditas portuguesas são hoje um grupo de mercenários, lacaios do imperialismo americano, francês e alemão.

Todas estas tropas mercenárias deviam recolher a Penates, para serem imediatamente desmobilizadas.

Os portugueses não podem nem têm de pagar tropas para defender os interesses do imperialismo, precisamente aquele mesmo imperialismo que também explora o nosso povo em Portugal, nas fábricas que já não são nossas, mas francesas, inglesas, suecas e alemãs, nos bancos que são espanhóis, nos mares que já só falam castelhano.

A política externa de Portugal não é a política da guerra, mas a política da paz. Não sou só eu que o digo, mas é sobretudo o artigo 7º da Constituição da República.

Nas relações internacionais, Portugal rege-se pelos princípios da independência nacional, do respeito dos direitos do homem, dos direitos dos povos, da igualdade entre os Estados, da solução pacífica dos conflitos internacionais, da não ingerência nos assuntos internos dos outros Estados e da cooperação com todos os outros povos para a emancipação e o progresso da humanidade.

Ler mais 
 

Comemoram-se este Ano os Cinquenta Anos,
Meio Século do 25 de Abril de 1974

E as comemorações começaram cedo, uma vez que a preparação das mesmas se iniciaram há cerca de dois anos, Março de 2022, quando foi constituída a comissão executiva e nomeado o comissário executivo, Pedro Adão e Silva, ligado, claro está, ao partido do governo PS de então, e deverão terminar em dezembro de 2026, ou seja, têm uma duração de 5 anos com distribuição de cargos e carguinhos, comissões e toda a espécie de sinecuras, prevendo-se gastos de alguns milhões de euros, verba retirada do erário público, naturalmente.

Ler mais

Intervenção do camarada Arnaldo Matos
no Congresso A Revolução de Abril (2014)

No dia 25 de Abril deste ano, comemoramos duas datas. Pelo menos eu comemoro duas datas: a data do golpe de Estado que derrubou o regime de Salazar e de Marcelo …Caetano, claro, e a data que inicia uma revolução popular. Dois fenómenos que marcharam a passo a contrapasso que se cruzaram, que se esticaram e que chegaram aos de dias de hoje ainda na forma que talvez eu ainda tenha tempo de dizer.

Ler mais


Entrevista publicada a 2 de Maio de 2004

Há vinte anos o camarada Arnaldo Matos fazia o seguinte balanço da Revolução de Abril que, pela pertinência da análise e inesperável actualidade, agora publicamos

Ler mais

Comunicado do 25 de Abril de 1974

Opinião

Programa Político Eleitoral - Açores - IV A Economia Azul

PROGRAMA POLÍTICO ELEITORAL

IV

A ECONOMIA AZUL

Como já se sublinhou noutro passo deste nosso programa político eleitoral, o nosso mar regional, enquanto vasta parcela contínua do oceano Atlântico, dos respectivos fundos marinhos e placas continentais, com a correspondente linha de costa distribuída por nove ilhas, quase uma centena de ilhéus e dezenas de bancos e montanhas submersas, o nosso mar, neste sentido amplo, dizíamos, é a riqueza dos Açores e fará da nossa região autónoma uma autêntica potência económica no Atlântico Norte.

É o excepcional e extraordinário potencial de criação de riqueza e de emprego dos nossos mares, com especial relevo para as pescas, para a biotecnologia, para a energia oceânica, para a exploração mineira dos fundos marinhos, para a criação de um vasto e complexo sistema de portos comerciais, turísticos e pesqueiros, com o desenvolvimento das comunidades urbanas de beira-mar, que farão da nova região autónoma dos Açores um caso único de desenvolvimento e sucesso no centro do Atlântico Norte, ligando os continentes que o marginam: América do Norte, do Centro e do Sul, África e Europa e os arquipélagos da Macaronésia.

Considerando apenas a linha limite das duzentas milhas marítimas em torno das nove ilhas do arquipélago, o espaço marítimo interior abrange uma superfície de 954 496 km2, constituindo a zona económica exclusiva da Região Autónoma dos Açores o maior território português e o maior de toda a União Europeia.

Quando for aprovado o estudo-proposta português para a delimitação da nossa plataforma continental e áreas adjacentes, os mares portugueses terão 4 (quatro) milhões de kms2 de superfície, uma área igual à parte emersa de todos os países que constituem a União Europeia.

Quase metade desta área dos mares e fundos marinhos portugueses caberá à Região Autónoma dos Açores. Os Açores poderão ser uma Região rica, desenvolvida, próspera e demograficamente equilibrada, num futuro não muito distante.

Com quatro milhões de quilómetros quadrados de oceanos e de fundos marinhos, o Povo português – incluindo o Povo açoriano, como é óbvio – tem um problema político muito sério: tem de armar-se até aos dentes, ocupar militarmente esse espaço e preparar-se para sair da União Europeia.

Por favor: ouçam o que vos dizemos, não nos subestimem por sermos um partido pequeno, nós estamos cheios de razão: os Estados Unidos da América, por um lado, a União Europeia, por outro, e, dentro da União Europeia, a Espanha, em terceiro lugar, preparam-se para pura e simplesmente nos roubarem essa imensa área marítima e respectivos fundos e riquezas.

Em 14 de Março de 2014 – há mais de dois anos – a Comissão Europeia, aproveitando a nossa fraqueza económica, a nossa ruína financeira e o governo de traição nacional Coelho/Portas instalado em Lisboa, invocou o artº 304º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia e consultou o Conselho Económico e Social Europeu (CESE) sobre a inovação na economia azul: “materializar o potencial de crescimento e de emprego dos nossos (reparem bem no adjectivo possessivo…) mares e oceanos”.

Toda a política da União Europeia e das suas instituições (Comissão Europeia, Parlamento Europeu, Comité Económico e Social Europeu, Banco Central Europeu, etc.) centrada sobre as questões do mar azul e da economia azul tem um único objectivo: roubar a Portugal e ao Povo Português, incluindo obviamente aos Açores e à Madeira, a totalidade da parte do Oceano Atlântico que nos pertence, incluindo as riquezas inumeráveis dos seus fundos marinhos.

Nós denunciamos o governo central da República – o anterior e o actual -, os governos regionais do PSD na Madeira e os governos do PS nos Açores, de governos de traidores, pois estão a esconder ao Povo Português, incluindo ao Povo açoriano e o Povo madeirense, o roubo que está em curso, não lutam contra esse roubo e não mobilizam o povo para lutar contra os ladrões, nomeadamente abandonando desde já a União Europeia.

Notem que a Islândia, que tinha solicitado a adesão à União Europeia, retirou o pedido de adesão em 13 de Março de 2015, justamente porque percebeu que a União Europeia só pretendia roubar-lhes a sua zona marítima, com os respectivos fundos.

No dia em que a Islândia retirou o seu pedido de adesão, o ministro dos negócios estrangeiros islandês proclamou, em alto e bom som: “Os interesses da Islândia ficam mais bem servidos ficando fora da União Europeia.”

Nós também ousamos proclamar: os interesses de Portugal e, acima de tudo, dos Açores ficam mais bem servidos ficando fora da União Europeia.

Aos açorianos teremos que dizer que a área marítima que caberá aos Açores é maior da que caberá à Islândia. E talvez possamos dar à imperialista União Europeia uma resposta de recusa semelhante à que lhe deu o primeiro-ministro islandês: “com peixe e ovelha, nunca morreremos de fome.” Nós, com peixe e vacas…

Finalmente, os açorianos têm nesta matéria um outro problema: o governo regional de Vasco Cordeiro assinou com o governo central da República, na altura o governo de traição nacional Coelho/Portas, o acordo designado “Estratégia Nacional para o Mar”, ”Plano Mar-Portugal-Açores (2015-2020)”, “Plano de Acção Trazendo Coordenação e Integração à gestão do Mar nos Açores”, documento de vinte e seis páginas pelo qual o governo da Região Autónoma dos Açores abdica da posse e gestão da sua zona marítima, incluindo os fundos marinhos, e a entrega de mão-beijada ao governo central da República.

Os açorianos, com a assinatura deste plano de traição, já não mandam nem dispõem do seu espaço marítimo.

O povo açoriano deve exigir a saída dos Açores do Plano Mar-Portugal-Açores (2015-2020), porque esse plano retira aos Açores aquilo que a Constituição da República e o Estado Autonómico já lhe tinha consagrado: a autonomia dos açorianos sobre os mares da Região, incluindo os fundos marinhos.

 

 

 

 

 


Partilhar

Adicionar comentário


Código de segurança
Actualizar

Está em... Home Açores Programa Político Eleitoral Programa Político Eleitoral - Açores - IV A Economia Azul