Proletários de Todos os Países, Povos e Nações Oprimidas do Mundo, Uni-vos!
Resolução do Comité Central do PCTP/MRPP
1. Os quatro artigos do camarada Arnaldo Matos, publicados no Luta Popular Online entre 12 de Janeiro e 12 de Dezembro deste ano, sobre os ataques de jiadistas franceses em Paris, concitaram à sua volta dezenas de milhares de leitores, tornando-se na sua totalidade esses artigos em autênticos casos virais no ciberespaço.
2. A sua projecção política e o enorme número de leitores que granjeou conduziram a que muitos órgãos e jornalistas da comunicação social burguesa, do Expresso ao Diário i, se vissem obrigados, para aumentar o número dos seus leitores, a transcreverem, a comentarem e a atacarem as posições políticas do nosso camarada.
3. Alguns desses órgãos, como é o caso do pasquim i e do Grupo Cofina têm estado a exigir às autoridades a prisão imediata do camarada Arnaldo Matos, alegando provocatoriamente que as suas opiniões políticas – que são aliás as do proletariado revolucionário em todos os países do mundo – defenderiam o terrorismo e que, por isso, seriam igualmente terroristas.
4. De um momento para outro, jornalistas e órgãos de comunicação social que reivindicam para si a liberdade e o direito de escreverem tudo o que entenderem, aparecem a pedir a prisão imediata de um militante comunista do proletariado, pela simples razão de discordarem das opiniões políticas dele. Voltámos aos tempos do fascismo de Salazar e de Caetano…
5. Entre os comentadores que aparecem nos jornais burgueses a pedir a prisão imediata do camarada Arnaldo Matos, contam-se alguns dos provocadores liquidacionistas que gravitam à volta do papagaio cobarde que é e sempre foi Garcia Pereira.
6. Esta é aliás uma história antiga, publicamente denunciada pelo camarada Arnaldo Matos: em tudo quanto escrevia para o Luta Popular, Garcia Pereira punha sempre o pêlo à sombra, não correndo nunca riscos com a sua pena vendida à burguesia.
7. O Comité Central apela a todos os militantes do Partido para estudarem com afinco os documentos em apreço e os divulgarem junto dos operários e das massas populares, pois o que nesses artigos está em causa não é uma mera opinião pessoal – e, mesmo quando o fosse, tinha todo o direito a existir e circular livremente, em nome do princípio da liberdade de opinião e de expressão – mas a linha política do internacionalismo proletário, ideologia fundamental do proletário revolucionário.
8. A causa essencial dos ataques a Paris este ano, como a causa de todos os ataques no passado em Nova Iorque, Londres, Madrid, etc., é o imperialismo ianque e seus lacaios em Inglaterra, na França, na Espanha, pois são eles que, desde o termo da segunda guerra mundial e até aos nossos dias, desencadearam e prosseguem guerras terroristas de extermínio, para explorar e oprimir a classe operária e os povos e nações do mundo, desde a guerra do Vietname às guerras do Afeganistão, Iraque, Síria, Líbia, Mali, Nigéria, Chade e tantos outros lugares do planeta. Ora, se o imperialismo ataca onde e quando quer, é óbvio que vai ser atacado e derrotado no seu próprio covil.
9. O proletariado português, como, de resto, os proletários de todos os países, repudia o chauvinismo e o patrioteirismo dos lacaios do imperialismo moribundo e defende, ao invés, o internacionalismo, que é a base fundamental da sua ideologia revolucionária.
10. E, por isso, a classe operária portuguesa deve ser chamada a denunciar e combater todos os partidos que em Portugal e nos demais países apoiam o imperialismo, e sobretudo aqueles partidos que, reclamando-se do proletariado e do comunismo, como é o caso dos marxistas-leninistas-maoistas franceses, são todavia traidores ao serviço desse mesmo imperialismo.
11. Proletários, Povos e Nações Oprimidas do Mundo, uni-vos! O imperialismo e todos os seus lacaios são tigres de papel! E vão ser derrotados pelos operários, povos e nações oprimidas do mundo!
19/12/2015
Aprovado por unanimidade.
