faina
Publicado em 23.03.2015
(“e livres habitamos a substância do tempo” – sophia de mello beyner andresen)
os barcos regressam lentamente ao cais.
o peixe moribundo ainda brilha e salta
entre as parcas redes da faina distendidas
e há cansaço e algo mais nos olhos dos pescadores.
regressam de que águas?
que gaivotas são aquelas?
que mísero roubo os espera em terra?
como irão habitar “a substância do tempo”?
Orlando Alves