Partido

26 de Dezembro de 1976 - Viva a Fundação do PCTP!

Com a fundação do PCTP, no cumprimento do objectivo para que fora constituído, em 18 de Setembro de 1970, o Movimento Reorganizativo do Partido do Proletariado (MRPP), e ao longo de seis anos de luta sob a ditadura fascista e a militar social-fascista que se lhe seguiu após o 25 de Abril, a classe operária e os trabalhadores portugueses passaram a dispor de um partido que, com avanços e recuos, sempre se preocupou em definir uma linha política revolucionária para a emancipação dos explorados e oprimidos e contra as ilusões pequeno burguesas na democracia parlamentar.

Na declaração solene da fundação do Partido, proferida pelo camarada Arnaldo Matos no Congresso da Voz do Operário, em 26 de Dezembro de 1976, podia ler-se: O Partido por que deram a vida Ribeiro Santos e Alexandrino de Sousa nasceu com o auxílio do esforço de todos os camaradas e com o sangue destes dois nossos gloriosos militantes (...) Demos um primeiro passo, um passo que nos levou seis anos a cumprir, um passo cheio de experiência, cheio de luta, cheio de unidade, cheio de vitória. Mas a verdadeira luta começa no preciso momento em que o Partido se funda. O Partido é o estado-maior da classe operária para fazer a revolução, para tomar o Poder, para edificar o Socialismo e instaurar em todo o mundo o Comunismo, a última esperança, aquilo por que lutam os explorados e oprimidos, por que luta toda a classe operária de todos os países. Começámos apenas o caminho, camaradas, ousemos continuar esse caminho, tal como em seis anos nunca vergámos!

Hoje, como ao longo destes 38 anos da sua existência e de um percurso de intransigente combate travado com abnegação, persistência e dignidade revolucionárias, o PCTP/MRPP continua a bater-se por objectivos que permitam ao movimento operário e popular não só impedir ser esmagado pela maior ofensiva da contra-revolução até agora verificada em Portugal desde o golpe de estado do 25 de Abril, como recuperar a soberania do país e restaurar a independência nacional, como passo indispensável para o desenvolvimento da revolução e emancipação da classe operária.

E isso só é possível com o derrubamento do actual governo ditatorial e de traição nacional Coelho/Portas e da sua muleta, o ignorante de Boliqueime, e a formação de um governo com base numa ampla frente democrática e patriótica, que assegure a saída do Euro e a criação do novo escudo, o não pagamento da dívida e a adopção de um plano de desenvolvimento económico que sirva exclusivamente o povo português.

Os trabalhadores portugueses podem continuar a contar com o PCTP/MRPP na primeira linha de combate contra o roubo dos salários e das pensões e contra todas as medidas de austeridade, de fome e de miséria, e principalmente por objectivos políticos justos e meios revolucionários para os atingir.

Como também não deixarão de ter o PCTP/MRPP pela frente os oportunistas, como o PS de Costa e os partidos ditos de oposição de esquerda, que pretendam cavalgar o movimento operário e a revolta popular contra o actual governo de gatunos e o seu suporte em Belém, com fins exclusivamente eleitoralistas, para depois de sacarem o voto ao povo, continuarem a aplicar ou a permitir a aplicação da mesma politica, ainda que sob outras vestes demagógicas.

Viva o Partido!

Viva o Marxismo!