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PAÍS

Assembleia Municipal de Lisboa Debateu o Estado da Cidade - Não se Iludam com o Costa!

buraco lx 01A Assembleia Municipal de Lisboa reuniu no passado dia 14 para debater o estado da cidade ao cabo de um ano da gestão da vereação de António Costa, iniciada em 2013.

A questão que, desde logo, ninguém suscitou neste debate é que as responsabilidades de Costa na capital não se podem reconduzir ao último ano do recente mandato, mas aos sete anos que já dura a sua (des)governação de Lisboa.

E, se ao fim primeiro mandato completo e dos dois anos intercalares que o antecederam – após a queda de Carmona Rodrigues -, não só não foi estancada a sangria dos lisboetas escorraçados da cidade, neste primeiro ano também nada se alterou a não ser para pior, com o não cumprimento das promessas já requentadas – caso mais flagrante dos automóveis parados em segunda fila – e uma degradação contínua e insustentável da qualidade de vida dos lisboetas e de quem aqui trabalha.

Lixo, sujidade, transportes mais caros e com menos carreiras (supressão total de muitas delas ao fim de semana, privando o povo da cidade de passear ou visitar familiares e amigos) e horários intoleravelmente espaçados, inundações catastróficas mesmo em zonas da cidade afastadas do rio, redução da capacidade de actuação dos bombeiros, criando situações preocupantes para a segurança dos lisboetas, designadamente retirando os bombeiros do aeroporto numa negociata em conluio com a ANA, cobertura a planos de especulação imobiliária – caso da Colina de Santana - , e por aí fora.

Se, como pedem os seus apaniguados, Costa fizer no país o que tem feito na cidade de Lisboa, não é preciso ir mais longe para ficar comprovado o que sempre alertámos quanto ao perigo que se avizinha se Costa ascender a primeiro-ministro.

É que Costa uma das coisas que não teve pejo de fazer, como neste jornal já denunciámos, foi aumentar a taxa de saneamento, engendrando uma esfarrapada justificação para o caso, e vender a pataco os terrenos do aeroporto e dos mais belos exemplares do património municipal para alegadamente pagar a dívida da câmara – ou seja a política de Ferreira Leite, Vítor Gaspar e Maria Luís Albuquerque de recorrer às chamadas receitas extraordinárias e privatizações para satisfazer os credores que Costa nunca explicou quem são e como e por quem foram contraídas as dívidas em causa.

Mas há mais: Costa vangloria-se como autor da grande proeza de ter conseguido realizar, em ameno consenso e persuasão dos seus futuros parceiros de governo caso venha a ser eleito, a reorganização administrativa do concelho de Lisboa com a criação de 24 grandes freguesias e a descentralização para elas de atribuições camarárias.

Ora, o que Costa fez em matéria de reestruturação administrativa do concelho foi uma completa borrada, quando tinha oportunidade para, em lugar de pura e simplesmente agregar as freguesias existentes – mantendo a respectiva configuração geográfica –, criar freguesias que tivessem em conta a existência de bairros com uma estrutura homogénea e vida própria, mas num quadro geográfico diverso.

Não falando nos problemas que gerou a própria descentralização de competências, com prejuízos evidentes na execução de certas tarefas como a limpeza urbana que se mantém e se agravará e ameaça de despedimentos de trabalhadores deslocados para as freguesias.

Mas, além disso, Costa abandonou a ideia que havia plagiado do PCTP/MRPP de criar uma região especial de Lisboa, de Torres Vedras a Setúbal, dotada de um governo próprio eleito directamente pelas respectivas populações que permitiria resolver de forma integrada os problemas dos transportes, da saúde, da habitação, etc.

E nem sequer diz se, caso venha a governar o país, fará essa indispensável e já nefastamente tardia reforma administrativa.

Mas a terminar o debate sobre o (péssimo) estado da cidade, Costa desmascarou-se por completo, revelando bem o que o move na sua apetência pelo poder, ao declarar que a câmara não faz nem fará oposição ao governo porque não está cá para isso, tal como as juntas não estão cá para fazer oposição à câmara.

É que Costa sempre defendeu a posição reaccionária de que, enquanto presidente da câmara, o seu papel era e é o de fazer o frete a todas as medidas terroristas de austeridade do Governo que se abateram sobre os lisboetas e o povo em geral (aumentos de impostos, de rendas de casa, do preço dos transportes, da miséria nas ruas) e acha que essa política do governo de traição nacional não merece o mínimo reparo nem, obviamente, a mínima oposição por parte do presidente da câmara, exigindo igual atitude para consigo da parte das juntas de freguesia, maltratadas pela sua política oportunista.

Mas isto só mostra que Costa mal chegar ao poder e se aliar ao PSD, como se prepara para fazer, não quer ter oposição dos lisboetas à sua inevitável política de continuação da austeridade e de respeito pelos compromissos internacionais como o Tratado Orçamental.

Assim vai a cidade, assim irá o país, se o povo aceitar levar estes Costas às costas.




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