PAÍS
Loures - Discurso lido pelo representante do PCTP/MRPP na sessão solene dos 40 anos do 25 de Abril em Santa Iria da Azoia
- Publicado em 26.04.2014
Na sessão solene comemorativa dos 40 anos do 25 de Abril realizada em Santa Iria da Azóia, o deputado municipal do PCTP/MRPP no município de Loures, camarada João Alexandre, proferiu uma intervenção política que no final foi fortemente aplaudida e cujas passagens principais reproduzimos de seguida.
O 25 de Abril de 1974, foi o dia mais extraordinário para aqueles que o viveram. É preciso dizer, que o 25 de Abril, foi um golpe de estado levado a cabo por militares, que no dia 25 de Abril apelaram ao Povo para que permanece-se em casa e não saísse á rua, pois o golpe era um assunto que dizia respeito unicamente a militares .
Contra a vontade dos militares, o Povo não ficou em casa e saiu á rua em massa, sem medo das consequências do que lhes poderia acontecer, envolveu-se com os militares aos gritos de VITÓRIA E LIBERDADE! sendo este facto importante para o exito do golpe.
Foi a presença do Povo no Largo do Carmo que levou á prisão dos membros do antigo regime.
Foi a pressão do povo na sede da pide aos gritos de "MORTE Á PIDE" que levou á prisão dos esbirros da pide".
Foi a presença do Povo junto das cadeias que levou á libertação dos presos políticos
O Povo na rua, no dia 25 de Abril de 1974, lutou pelo FIM da DITADURA FASCISTA e INDEPENDÊNCIA NACIONAl. Lutou na rua pela DEMOCRACIA e extinção extinção da pide/dgs, e pela LIBERDADE com a libertação dos presos Anti Fascistas.
O 25 de Abril foi um dia espantoso, e aqueles que o viveram jamais o esquecerão.
Todo o povo Português no entanto, tem uma grande divida para com os militares que fizeram o 25 de Abril, e acima de tudo devem merecer o nosso respeito e gratidão pelo que fizeram pelo povo Português.
Mas, o que se ganha fácilmente, entrega-se fácilmente
Passados 40 anos do 25 de Abril, encontramo-nos a viver num País onde os valores da DEMOCRACIA; LIBERDADE; IGUALDADE, SOLIDARIEDADE e IDEPENDÊNCIA NACIONAL, são espezinhados por um governo autoritário, que nos quer fazer regressar aos tempos mais negros da nossa História.
Perdemos a nossa independência, encontramo-nos hoje numa situação de protetorado e submissão aceite por este governo de traição nacional, que está a vender empresas públicas ao desbarato, a destruir e roubar trabalhadores, a destruir o ensino público, a destruir a segurança social, a roubar reformados, a por novos contra velhos, empregados contra desempregados, culpar os desempregados pela situação em que se encontram etc...
Este governo fascista e vende pátrias , prepara-se para alterar a constituição, alterar a de lei eleitoral, acabar com o direito à manifestação, esvaziar o poder do parlamento, acabar com a dignidadade social e politica, acabar com os direitos liberdades e garantias, o fim da democracia.
Tudo isto, para pagar uma divida que não foi o povo português que contraiu, nem dela tirou qualquer benefício, mas que, no entanto, está a ser obrigado a pagá-la pelo governo de traição nacional protagonizado por Coelho e Portas, e tutelado por Cavaco.
Dívida que era suposto ser regulada e diminuida através da aceitação dos ditames da tróica germano-imperialista e do memorando a que partidos como o PS, o PSD e o CDS aderiram, escamoteando e escondendo dos operários, dos trabalhadores e do povo português as reais intenções e alcance das medidas terroristas e fascistas contidas naquele documento.
Medidas que estão a comprometer cada vez mais a soberania e a independência de Portugal.
Medidas que exigem que uma ampla frente de democratas e patriotas se organize e mobilize em torno de princípios tão vitais e importantes como o derrube deste governo de traição nacional, a SAÍDA DO EURO, o não pagamento da dívida e a constituição de um governo democrático e patriótico.
Como dizia Marx " Os homens fazem a sua própria história, mas não a fazem segundo a sua livre vontade; não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado desempenharam a tarefa da sua época, a tarefa de libertar e instaurar uma moderna sociedade".
MORTE AOS TRAIDORES
O POVO VENCERÁ!