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PAÍS

Loures - Discurso lido pelo representante do PCTP/MRPP na sessão solene dos 40 anos do 25 de Abril em Santa Iria da Azoia

Na sessão solene comemorativa dos 40 anos do 25 de Abril realizada em Santa Iria da Azóia, o deputado municipal do PCTP/MRPP no município de Loures, camarada João Alexandre, proferiu uma intervenção política que no final foi fortemente aplaudida e cujas passagens principais reproduzimos de seguida.


O 25 de Abril de 1974, foi o dia mais extraordinário para aqueles que o viveram. É preciso dizer, que o 25 de Abril, foi um golpe de estado levado a cabo por militares, que no dia 25 de Abril apelaram ao Povo para que permanece-se em casa e não saísse á rua, pois o golpe era um assunto que dizia respeito unicamente a militares .

Contra a vontade dos militares, o Povo não ficou em casa e saiu á rua em massa, sem medo das consequências do que lhes poderia acontecer, envolveu-se com os militares aos gritos de VITÓRIA E LIBERDADE! sendo este facto importante para o exito do golpe.

Foi a presença do Povo no Largo do Carmo que levou á prisão dos membros do antigo regime.

Foi a pressão do povo na sede da pide aos gritos de "MORTE Á PIDE" que levou á prisão dos esbirros da pide".

Foi a presença do Povo junto das cadeias que levou á libertação dos presos políticos

O Povo na rua, no dia 25 de Abril de 1974, lutou pelo FIM da DITADURA FASCISTA e INDEPENDÊNCIA NACIONAl. Lutou na rua pela DEMOCRACIA e extinção extinção da pide/dgs, e pela LIBERDADE com a libertação dos presos Anti Fascistas.

O 25 de Abril foi um dia espantoso, e aqueles que o viveram jamais o esquecerão.

Todo o povo Português no entanto, tem uma grande divida para com os militares que fizeram o 25 de Abril, e acima de tudo devem merecer o nosso respeito e gratidão pelo que fizeram pelo povo Português.

Mas, o que se ganha fácilmente, entrega-se fácilmente

Passados 40 anos do 25 de Abril, encontramo-nos a viver num País onde os valores da DEMOCRACIA; LIBERDADE; IGUALDADE, SOLIDARIEDADE e IDEPENDÊNCIA NACIONAL, são espezinhados por um governo autoritário, que nos quer fazer regressar aos tempos mais negros da nossa História.

Perdemos a nossa independência, encontramo-nos hoje numa situação de protetorado e submissão aceite por este governo de traição nacional, que está a vender empresas públicas ao desbarato, a destruir e roubar trabalhadores, a destruir o ensino público, a destruir a segurança social, a roubar reformados, a por novos contra velhos, empregados contra desempregados, culpar os desempregados pela situação em que se encontram etc...

Este governo fascista e vende pátrias , prepara-se para alterar a constituição, alterar a de lei eleitoral, acabar com o direito à manifestação, esvaziar o poder do parlamento, acabar com a dignidadade social e politica, acabar com os direitos liberdades e garantias, o fim da democracia.

Tudo isto, para pagar uma divida que não foi o povo português que contraiu, nem dela tirou qualquer benefício, mas que, no entanto, está a ser obrigado a pagá-la pelo governo de traição nacional protagonizado por Coelho e Portas, e tutelado por Cavaco.

Dívida que era suposto ser regulada e diminuida através da aceitação dos ditames da tróica germano-imperialista e do memorando a que partidos como o PS, o PSD e o CDS aderiram, escamoteando e escondendo dos operários, dos trabalhadores e do povo português as reais intenções e alcance das medidas terroristas e fascistas contidas naquele documento.

Medidas que estão a comprometer cada vez mais a soberania e a independência de Portugal.

Medidas que exigem que uma ampla frente de democratas e patriotas se organize e mobilize em torno de princípios tão vitais e importantes como o derrube deste governo de traição nacional, a SAÍDA DO EURO, o não pagamento da dívida e a constituição de um governo democrático e patriótico.

Como dizia Marx " Os homens fazem a sua própria história, mas não a fazem segundo a sua livre vontade; não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado desempenharam a tarefa da sua época, a tarefa de libertar e instaurar uma moderna sociedade".

MORTE AOS TRAIDORES

O POVO VENCERÁ!

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