PAÍS

Braga: Delphi acusada de coagir trabalhadores a aceitar "redução de direitos"

O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Norte (SITE) acusa a administração da Delphi, em Braga, de estar a coagir os trabalhadores para que aceitem uma "redução de direitos".

Em comunicado o SITE afirma que a empresa está a abordar os trabalhadores que subscrevevam um abaixo-assinado a oporem-se à aplicação do clausulado do contrato do patrão. "Trata-se de uma atitude que visa, através da coacção, obrigar os trabalhadores a aceitar a redução de direitos, isto é, a alterar para pior as condições de trabalho", denuncia o sindicato, que coloca a hipótese de avançar com medidas de luta, entre elas a greve, caso a situação se mantenha.

O sindicato esclarece ainda que, "ao contrário do que veicula a administração o seu contrato não se pode aplicar aos trabalhadores sindicalizados na Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Química, Farmacêutica, Eléctrica, Energia e Minas-Fiequimetal ". Esta denuncia levada a cabo pelo sindicato é comprovada com “a tentativa desesperada da administração para obter a adesão individual".

Assim, no mesmo comunicado, o sindicato e a Comissão Intersindical exortam todos os trabalhadores a resistirem e a não assinarem qualquer documento que roube os seus direitos, porque tal só irá piorar as suas condições de trabalho, que é precisamente o que o governo e o patronato pretendem aprofundar.
É bom relembrar aqui que foi assim que com estes pretextos de “salvaguarda” de postos de trabalho, retirando direitos, que foi encerrada a Delphi na cidade da Guarda em 2010, colocando no despedimento mais de 320 trabalhadores e mais recentemente em Castelo Branco, em 2012, com o despedimento de 300 trabalhadores contratados a prazo, com o fecho de uma das unidades de produção.

Para os trabalhadores só existe um caminho, lutar pelo derrube deste governo de vende-pátrias, porque só assim poderá ser impedido este ataque canalha, mais um, por parte desta empresa multinacional. As alternativas existem, a luta pela constituição de um governo democrático patriótico, um governo de todas as forças democráticas, que elimine o desemprego, que assegure a independência do país e que promova o seu desenvolvimento e o bem-estar de todo o povo trabalhador, é seguramente o caminho justo e correcto para quem vende a força de trabalho e é explorado e oprimido.