PAÍS

Contra a privatização dos CTT, lutar pelo derrube deste governo vende-pátrias

Se alguém ainda alimentasse dúvidas sobre a natureza vende-pátrias e reaccionária deste governo recauchutado, aqui está a prova cabal de que, podem mudar de ministros, mas não muda a substância dos seus objectivos e interesses de classe. E é isso mesmo que fica demonstrado com a decisão de se avançar com a privatização dos CTT, demonstrando assim na prática que o governo Passos/Portas/Cavaco está ao serviço da tróica germano-imperialista e contra os interesses do povo.

Os trabalhadores dos CTT têm travado um combate firme, constante e denodado contra esta situação lesiva dos interesses do povo e do país, seja com greves totais, seja com greves parciais, de vários sectores da empresa, lutas essas que visam também defender os direitos e salários que têm sido espoliados continuamente e contra o mais provável despedimento em massa, que ocorrerá certamente no momento imediatamente antes e após a privatização.

Um exemplo recente desta luta valorosa, é a dos carteiros do Entroncamento que realizaram, esta quinta-feira, uma greve parcial e concentraram-se frente à estação de correios da cidade, manifestando apreensão face ao processo de privatização dos CTT. Durante esta acção, os trabalhadores recolheram assinaturas "contra o encerramento de mais estações de correio" e em defesa da "reabertura das estações que encerraram", objectivo esse que os utentes, em estreita unidade com os trabalhadores, têm encetado por todo o país.

Dina Serrenho, representante do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT), declarou que a greve parcial hoje realizada tinha por objectivo "chamar a atenção para os perigos de uma eventual privatização dos CTT e lutar pela salvaguarda de um serviço público". A mesma dirigente do SNTCT afirmou, ainda, que os CTT são o "garante do serviço público e universal dos correios … imprescindível para as populações e economia nacional".

Mais adiante reafirmou que "esta é uma empresa enormemente rentável, gera quase 50 ME por ano e seria um crime entregar este serviço público a particulares", tendo adiantado que o SNTCT está também contra o encerramento de centros de tratamento de correio e contra a entrega dos transportes postais a empresas privadas. “Temos falta de carteiros por evidente má gestão e visão economicista, com muitas horas que não estão a ser pagas, com distribuição a ser feita, em muitos casos, apenas duas vezes por semana, e estamos há quatro anos sem aumentos salariais e com as carreiras congeladas em termos de progressão", elencou a dirigente do SNTCT.

Contra mais este ataque à soberania nacional, os trabalhadores, os utentes, todo o povo português têm de lutar pelo derrube imediato deste governo de traidores que está ao serviço dos interesses da Tróica, e impor, em alternativa, um governo que defende a nossa soberania nacional, contrariando a privatização de empresas ao serviço do bem público, nacionalizando as que foram entretanto privatizadas e que imponha a suspensão do pagamento desta dívida que não foi contraída pelo povo, que dela não retirou qualquer benefício, um governo democrático patriótico.

Morte aos traidores! Rua com o Cavaco e seu governo vende-pátrias!