PAÍS

Os trabalhadores do Metro Sul persistem na luta!

Os trabalhadores deste meio de transporte situado na margem sul, servindo os concelhos de Almada e Seixal, continuam a lutar pelo que consideram um ataque à negociação colectiva, contestando o roubo das horas extraordinárias e do actual subsídio de transporte e a falta de condições de trabalho e segurança.

Em declarações prestadas pelo presidente do Sindicato dos Maquinistas, António Medeiros, "a empresa não tem mostrado abertura para a negociação do acordo de empresa" e, "apesar de alguns encontros, tem negado a negociação ao sindicato e aos trabalhadores". Este dirigente sindical referiu também que existem subsídios que não estão contemplados no acordo de empresa, como o de transporte e o de escalas, e que é indispensável negociar.

Os trabalhadores estarão em greve entre as 06h30 e as 09h30 e entre as 17h00 e as 20h00, a partir de hoje, segunda-feira, prolongando a luta até ao final da semana, sexta-feira, dia 19.

Relembremos que esta luta vem na sequência de outra, pelos mesmos objectivos, que decorreu entre 24 de Agosto e 3 de Setembro.

Estas greves inserem-se na luta mais geral em que se têm empenhado os trabalhadores dos transportes que, com denodo, mobilização e firmeza têm demonstrado que não estão dispostos a ceder ao roubo dos seus salários e ao ataque sistemático aos seus acordos de empresa (ACT`s).

Esta luta deve ser considerada a preparação e mobilização para que a próxima Greve Geral, a 14 de Novembro, e integrar o grande caudal de combate às políticas terroristas deste governo de traição nacional, integrando nos objectivos dessa greve o seu derrube.

Esta luta é dura e será prolongada, mas os trabalhadores não podem vergar, sendo cada vez mais imperioso colocar também como seu objectivo político a constituição de um governo de unidade popular, democrático patriótico, que assegure o não pagamento da dívida.