CampanhaFundos202206

IBAN PT50003502020003702663054   NIB 003502020003702663054

PAÍS

Sector ferroviário - os trabalhadores não baixam os braços!

(do nosso correspondente)

comboio cp cascais 01Começa um novo mês e com ele o prosseguimento da greve no sector ferroviário. Depois de um mês em que o SMAQ deu alguma "folga" à Administração/Governo, porque parecia haver alguma "boa vontade" em querer resolver o conflito, eis que os termos da greve passaram a ser os mesmos que já vigoravam em Junho. Outras organizações sindicais, representando a totalidade dos trabalhadores da CP EPE e CP Carga, como o SFRCI e o SNTSF/FECTRANS/CGTP, também têm pré-avisos de greve até 30 de Setembro. Em todos eles, o teor é o mesmo: recusa ao trabalho extraordinário em dia de descanso semanal e ao trabalho em dia feriado, a mais de 8 horas de trabalho diário e a mais de 5 horas consecutivas de trabalho. O ponto alto será no dia 7 de Setembro, feriado em Faro, em que a paralisação será total no Algarve.

A "boa-fé", de que a secretaria de estado aparentava estar imbuída no princípio do mês de Julho, depressa se desvaneceu, servindo apenas para tentar quebrar a mobilização dos maquinistas, com a desculpa do Comboio Turístico do Douro, dos festivais de música, de que com as férias havia comboios suprimidos…, nunca assumindo que a responsabilidade do arrastamento da situação, da falta de pessoal e de organização do trabalho, é sua, do governo a que pertence e que dá as orientações às Administrações da CP e CP Carga. Mas que assim seria já se estava à espera, pois sempre usaram desta táctica. Só espanta é que dirigentes, com tantos anos de tarimba, ainda se deixem levar neste engodo, fazendo atrasar e desmotivar o movimento que se quer cada vez mais forte e caudaloso.

O ataque perpetrado em todas as empresas de transporte, com a suspensão unilateral dos A.E's, a tentative de imposição do novo Código do Trabalho e todas as tropelias às relações de trabalho que o Governo tem vindo a implementar só nos pode levar a uma situação que é o endurecimento das formas de luta, a unidade entre todos os sectores dos transportes e comunicações, ligá-los a outros sectores do movimento sindical e impor uma nova Greve Geral Nacional. Greve esta que só poderá ter como bandeira de luta, o derrubamento do governo fantoche de Coelho/Portas e a formação de um Governo Democrático Patriótico, como há muito exigimos e em alguns sectores já se começa a reivindicar. Governo Democrático Patriótico que deve repudiar o pagamento de uma dívida impagável, que não é nossa, não foi contraída por nós trabalhadores, nem em nosso benefício e aplique medidas efectivas de defesa do Trabalho.

Aos sindicatos nada mais resta senão lutar por aqueles objectivos, deixando para trás as reivindicações economicistas como faz a CGTP, que reivindica um mísero euro por dia, que faz festas, festarolas e pic-nic's para "lutar" contra o desemprego e a precariedade, que nos seus comunicados, como o de 27 de Julho (06/2012 da EMEF) em que, na moção aprovada à porta do Ministério da Economia, se fala de "combater, rejeitar, reclamar e mostrar discordância", mas no que diz respeito à luta ficam-se por divagações várias sobre a melhor maneira de gerir a EMEF. A luta tem de passar a uma nova fase que é abertamente pelo não pagamento da dívida e contra este governo.


Partilhar

Adicionar comentário


Código de segurança
Actualizar

Está em... Home País MOVIMENTO OPERÁRIO E SINDICAL Sector ferroviário - os trabalhadores não baixam os braços!