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Trabalhadores da CARES, Companhia de Seguros, S.A. (Grupo Caixa Geral de Depósitos), em luta – greves parciais dias 3 e 6 de Agosto

2012-08-03-piquete cares 01Numa demonstração de não virar a cara à luta e de travar a ameaça de despedimentos, os cerca de 90 trabalhadores da CARES, SA deliberaram em plenário, realizado no passado dia 16 de Julho, a realização de uma greve, entretanto convocada pelo SINAPSA para os próximos dias 3 e 6 de Agosto, com paralisações entre as 10H30 e as 11H30 e das 17H30 às 18H30.

A CARES é uma sociedade anónima do grupo da Caixa Geral de Depósitos que, através de um serviço de call center, assegura a prestação de serviços – Império, OK Teleseguros, Fidelidade, entre outras, esta prestação de serviços é feita em vários domínios, desde os seguros propriamente ditos (automóveis e de saúde) até a serviços domésticos (reparações, substituição de fechaduras, etc), assegurando também o reencaminhamento de chamadas para outras empresas fora do grupo.

Nos últimos dois anos esta sociedade do sector empresarial do Estado facturou cerca de 10 milhões de euros, explorando cerca de noventa trabalhadores, metade dos quais contratados a prazo, sendo metade destes contratos efectuados através de empresas (novos negreiros) de trabalho temporário.

Dando o exemplo da política do seu patrão Passos Coelho, a administração da CARES, tendo aberto um outro pólo em Évora, para além de se preparar para deslocalizar os serviços presentemente radicados em Lisboa, tem em curso um plano de despedimentos, a começar pela não renovação dos contratos a termo, apesar do aumento das reclamações pela demora prolongada no atendimento.

Entre os objectivos desta greve, os trabalhadores propõem-se lutar pela não deslocalização dos serviços, contra qualquer despedimento e pelo preenchimento do quadro de pessoal indispensável à prestação do serviço e a passagem a efectivo dos trabalhadores com funções de natureza permanente.

Com a entrada em vigor do novo código terrorista do trabalho, é de uma enorme importância que os trabalhadores da CARES tomem consciência de que é indispensável, não só para o desfecho vitorioso desta sua luta como para o futuro da sua classe, que se unam ao resto dos trabalhadores nas lutas que se aproximam contra a aplicação daquele sinistro código para, acima de tudo, se oporem ao pagamento de uma dívida que não contraíram e que, aliás, seja qual for o seu montante, se tornou impagável, e em nome da qual este governo de traição nacional está a tentar impor tremendos sacrifícios e sofrimentos a quem trabalha.


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