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Greve na CP - Mais uma grande vitória dos maquinistas e trabalhadores ferroviários

(do nosso correspondente na CP)

placar-comboios-01Com uma adesão de 100%, que nem a própria administração conseguiu iludir, decorreu hoje o primeiro de vários dias de greve aos feriados nacionais e municipais durante este mês de Junho, decretado por praticamente todos os sindicatos ferroviários. Inicialmente convocada pelo Sindicato dos Maquinistas (SMAQ) e logo secundada, pelo Sindicato dos Revisores e Comerciais (SFRCI), depois da grande vitória que constituíram as greves de Maio, todos os outros sindicatos se apressaram a apresentar pré-avisos de greve, para não perderem o comboio da luta que se vem desenvolvendo desde Dezembro de 2011, de forma ininterrupta, contra o roubo do salário e do trabalho, contra o desmantelamento do caminho-de-ferro, por condições dignas de trabalho e repouso.

A FECTRANS e o Sindicato dos Ferroviários, depois de tentarem usurpar a direcção desta luta, numa reunião havida a 10 de Maio, e levá-la para um beco sem saída, como seja a sua propalada “unidade na acção” que mais não é que a imposição da sua visão do conflito, tentando impor num dia greves em Lisboa, noutros dias no Porto, noutros ainda para a CP Longo Curso e ainda mais outros para a CP Regional, numa tentativa de quebrar a unidade que começa realmente a existir entre os vários sectores profissionais da empresa, não permitindo, como a greve de hoje veio demonstrar, que todos os trabalhadores possam dar uma resposta clara e inequívoca da sua vontade de lutar e vencer, agindo como um só homem. Aquelas manobras mais não visavam que o entorpecimento da revolta e a sua condução para os desígnios da estratégia da Intersindical que é poder comer algumas migalhas do OE, apresentando reivindicações retrógradas e oportunistas como é o caso do aumento de um mísero euro diário, proposto por Arménio Carlos.

Entretanto o SFRCI também já apresentou pré-aviso de greve até 6 de Julho, para todo o trabalho extraordinário, em dia de descanso semanal, que não conste nas escalas de serviço e superior a 8 horas, para a CP Lisboa.

As condições são agora mais que benéficas para o prosseguimento da luta. Não há que hesitar nem ter tibiezas. Devemos participar nas manifestações de 9 e 16 de Junho, no Porto e em Lisboa respectivamente, com esta determinação, mas para mostrar à Intersindical que a hora é de luta, que não pode nem deve reconduzir-se a uma passeata e que não podemos adormecer porque vem aí um período de férias (o roubo do salário e do trabalho não mete férias). Devemos, isso sim, intensificar a luta e a organização, com vista à realização de uma Greve Geral Nacional, no mais curto espaço de tempo, que imponha o derrube deste governo e a instauração do Governo de Esquerda Democrático Patriótico.




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