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Trabalhadores da Ensulmeci concentram-se no Ministério da Economia - A única saída que o governo garante aos trabalhadores é... o desemprego

2012-06-06-trabalhadores-ensulmeci-01Trabalhadores da construção civil da Ensulmeci, do Monte da Caparica e de Alfena (sector das águas e gás), concentraram-se junto do Ministério da Economia para exigir medidas para travar o despedimento de mais de 500 trabalhadores.

Entretanto, como foi denunciado ao nosso jornal por uma das representantes dos trabalhadores que ali se deslocaram, cerca de trinta trabalhadores da ESPHERA – sociedade prestadora de serviços quase exclusivamente da Ensulmeci – rescindiram os seus contratos de trabalho por salários em atraso, sendo que os da Ensulmeci têm os seus contratos suspensos.

Sucede que a Ensulmeci, se tem um montante de dívidas de cerca de 48 milhões de euros, também é, por outro lado, credora de outras empresas que, embora tendo já recebido as obras encomendadas, se aproveitam agora da situação para reclamar o pagamento de multas por incumprimento.

Segundo Rosa Ferreira, o ministério da economia limitou-se a referir que, no que respeita aos salários em atraso, tratando-se de uma empresa privada nada podia fazer e, quanto a assegurar a respectiva viabilização, também não podiam intervir.

Mas o que o ministério do Álvaro não explicou é que o governo, se não fosse um comité da Tróica e dos interesses das grandes empresas da construção civil, podia resolver o problema nacionalizando a Ensulmeci e as outras grandes empresas do sector.

Ora, é por isto que os trabalhadores da Ensulmeci e Esphera têm de lutar – se o Governo diz nada poder fazer porque se trata de uma empresa privada e, por outro lado, declara hipocritamente que está muito preocupado com o desemprego, então que nacionalize estas empresas, colocando-as sob a direcção dos respectivos trabalhadores. É que, em matéria de medidas para sectores em crise, o único sector que o governo protege é a banca para assegurar a especulação e o pagamento da ruinosa ajuda da Tróica.

Os trabalhadores da Ensulmeci puderam agora concluir definitivamente, deste encontro no ministério do Álvaro, que o governo de traição nacional PSD/CDS não tem uma única medida, nem a mínima intenção de resolver a gravíssima situação do sector da construção civil que não passe pelos despedimentos em massa sem custos para os capitalistas das respectivas empresas.

Se as direcções dos sindicatos não compreenderem que se impõe a necessidade de convocar uma greve geral do sector para unir a classe contra este governo e pela nacionalização do sector, cabe aos trabalhadores, organizados em cada empresa e estaleiro imporem essa orientação e esse caminho. Os trabalhadores da construção civil vencerão!


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