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Trabalhadores de vários sectores da indústria concentram-se em Lisboa contra o roubo do salário e do trabalho

2012-05-22-manif-02Dirigentes sindicais e operários e trabalhadores de vários sectores da indústria, entre os quais das empresas – Pinto & Bentes, Gráfica Mirandela e Estaleiros Navais da Figueira da Foz e Viana do Castelo – concentraram-se junto ao Ministério da Economia, em Lisboa, para denunciarem publicamente o roubo do salário a que se encontram sujeitos e, no caso dos Estaleiros da Figueira e de Viana, a política criminosa do governo de liquidação do importante sector da indústria da construção naval.

Quanto aos operários da Pinto & Bentes que, como aqui referimos, têm salários em atraso há dois meses, continuam empenhados em não dar tréguas ao patrão – é a primeira vez que descem à rua organizados – para verem pagos os salários em atraso. Já os trabalhadores da Mirandela entraram agora em greve por tempo indeterminado com ocupação da entrada das instalações para imporem o pagamento dos subsídios de férias e de Natal – em atraso há cinco anos! – e os salários que não recebem desde o mês de Março deste ano.

Para quem julga ou, no fundo, deseja que os trabalhadores se deixaram iludir, manietar ou amolecer com a cantiga da crise ou a chantagem da dívida, os exemplos destes trabalhadores, tal como em muitas outras fábricas e empresas, mostram que, não só é possível lutar como vencer, desde que exista um programa político claro que una todas estas lutas e uma forte organização sindical revolucionária que não dissolva nem esgote esta combatividade em meras manifestações por maiores que elas venham a ser.

A Fiequimetal, federação intersindical de vários ramos da indústria, entregou, na altura da concentração, um documento ao ministro da economia, onde denuncia os efeitos da política que tem sido levada a cabo pelos sucessivos governos e formula um conjunto de reivindicações.

Só que, no nosso entender, para além de muitas dessas reivindicações se mostrarem logo à partida condenadas ao fracasso – como é o caso das que pedem ao Álvaro para acabar com os despedimentos ou resolver o problema dos salários em atraso ou parar com as privatizações de que ele é autor e executor – a verdade é que só é possível concretizar esses e outros objectivos se os trabalhadores se empenharem, pela intensificação e alargamento das acções que neste momento estão a desenvolver, na luta pelo não pagamento da dívida e pela constituição de um governo patriótico democrático de esquerda que, com base em decisões como as da nacionalização da banca, aplique um programa que sirva os interesses de quem trabalha.

Nada nos move, obviamente, contra as manifestações de rua contra a política terrorista deste governo de traição nacional, mas os operários e trabalhadores destas empresas que se concentraram em Lisboa exigem e merecem mais do que isso da parte dos seus dirigentes.


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