PAÍS

Trabalhadores da Efacec Determinados em Prosseguir a Luta pelas suas Reivindicações

No seguimento da acção reivindicativa iniciada no passado mês de Novembro, exigindo um aumento salarial intercalar, e de acordo com decisão aprovada em plenário, os trabalhadores da Efacec - Efacec Energia, Efacec Engenharia e Sistemas e Efacec Electric Mobility- cumpriram, hoje, dia 13 de Fevereiro, das 8,30 às 10,30 (1.ª turno) e das 17,00 às 19,00 (2.º turno) a segunda greve parcial, tendo como objectivos o aumento de 50€ para todos os trabalhadores e o descongelamento das negociações da contratação colectiva.

Centenas de trabalhadores concentraram-se em frente às instalações da Efacec na Arroteia e na Maia, determinados a fazer frente a uma administração que invoca prejuízos da empresa para se recusar a actualizar os salários dos trabalhadores, mantendo congelada a negociação da contratação colectiva, mas que se aumenta a si própria, não só nos seus chorudos e escandalosos vencimentos, como também na atribuição de várias regalias - aumento da frota automóvel, incluindo carros de luxo, atribuição de cartões de crédito, via verde, combustível e planos de poupança reforma, por exemplo.

A situação que se vive actualmente na Efacec não pode ser desligada da política de aumento de exploração e de empobrecimento imposta pelo governo de traição nacional Coelho/Portas, que cumpre caninamente os ditames da Alemanha. O que acontece é que mesmo nas empresas de elevado nível tecnológico como é o caso da Efacec, as administrações, aproveitando-se das medidas de austeridade imposta pelo governo e da nova legislação laboral, tentam aumentar a produtividade e os lucros à custa da redução do valor do trabalho, aumentando os horários de trabalho e retirando, pouco a pouco todos os direitos sociais dos trabalhadores, o que já se verifica na Efacec, tendo sido retirados dias e horas para assistência ao agregado familiar, consultas médicas e para doença sem baixa.

 Convém recordar que se a situação da Efacec hoje não é melhor, não é produto de falta de esforço daqueles que agora estão a ser castigados, os trabalhadores, mas sim produto da megalomania daqueles que hoje são beneficiados, que desde 2007 encetaram uma imperialista expansão internacional, dos mesmos que hoje por conta da Efacec, apesar do fracasso, vivem vidas douradas.

Os trabalhadores da Efacec, com novas greves marcadas para os dias 18 e 20 de Fevereiro, devem continuar a sua luta, preparando-se para o endurecimento da mesma, mas conscientes de que só um governo democrático e patriótico poderá aplicar uma política ao serviço do povo trabalhador.

A comunidade local está com os trabalhadores da Efacec, e as centenas de precários na esfera desta empresa olham com esperança para esta luta.