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PAÍS

Aos Trabalhadores da Hotelaria

Camaradas!

O ano de 2014 foi um ano de franco crescimento da hotelaria na Madeira e no Porto Santo, tanto quanto ao aumento do número de entradas de turistas, de dormidas e de ocupação dos hotéis, como quanto ao aumento do volume de receitas e dos lucros dos patrões.

Contudo, nos anos de 2013 e 2014, não houve nenhum aumento de salários para os trabalhadores da hotelaria e, pior do que isso, com a política de austeridade desencadeada pelo governo de traição nacional Coelho/Portas e de traição regional de Alberto João Jardim, os trabalhadores da indústria hoteleira da Madeira e do Porto Santo o que viram foi os seus salários cortados na ordem dos 10% e a jornada de trabalho aumentada em média duas horas por semana, sem pagamento das horas trabalhadas a mais e sem pagamento do trabalho nos quatro feriados que foram eliminados.

Cerca de 15% dos 16 000 trabalhadores do sector da hotelaria e do turismo ganham abaixo do salário mínimo nacional, e há 10% de desempregados em todo esse sector, precisamente o melhor sector económico da nossa região autónoma, sector que representa actualmente cerca de mil milhões de euros do nosso produto interno bruto.

Precisamente o sector que tem mais lucro é o sector que nos paga pior.

E não só nos paga mal, como pura e simplesmente não nos paga. Com efeito, há cerca de 600 trabalhadores dos hotéis Dorisol, Florasol, Jardins da Ajuda, Jardins do Lago, Alto Lido, Baía Azul, Quinta das Vistas, Grupo Charming Hotels, Perestrelo, Bela de São Tiago, do Monte, do Estreito e White Whaters que estão com salários e subsídios em atraso, uma cruel desumanidade que é timbre dos patrões portugueses, uma corja de ladrões sem escrúpulos.

Ora é inadmissível, inaceitável e intolerável que o sector económico de mais forte crescimento e de maior lucro da Madeira e do Porto Santo não pague pontualmente aos seus trabalhadores. Alguns não receberam ainda o subsídio de Natal, outros só receberam 50% desse subsídio e 50% do salário de Dezembro, havendo até algumas empresas que querem obrigar os trabalhadores a assinarem que estão dispostos a receber os atrasados, mas em seis prestações mensais…

Assim, na Madeira e no Porto Santo, mesmo tendo trabalhado no sector produtivo mais rico, os trabalhadores e suas famílias não têm dinheiro para comer. E também não têm dinheiro para pagar a electricidade, a água, a habitação, as prestações para o banco e que são cada vez mais penalizadas com multas, coimas e descontos, apenas porque o patrão acha que lhes pode ficar com o salário de um trabalho já prestado.

A Inspecção Regional do Trabalho, órgão corrupto ao serviço dos patrões da hotelaria e do turismo, finge que não vê o que se está a passar à frente dos olhos de toda a gente. O secretário regional da educação e recursos humanos, Jaime de Freitas, também está surdo e mudo a este roubo dos trabalhadores pelos patrões da hotelaria.

Esta é a herança que nos deixam Alberto João e os seus lacaios, na Madeira e no Porto Santo: tanto morre de fome o trabalhador que tem trabalho como aquele que o não tem.

Camaradas!

É preciso exigir do Sindicato da Hotelaria que convoque imediatamente uma greve geral do sector, para obrigar as empresas ainda em dívida a pagar aos trabalhadores os subsídios e salários em atraso.

Viva a Greve Geral do Sector da Hotelaria, até ao pagamento integral dos salários em atraso!


Comité Regional da Madeira do PCTP/MRPP




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