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Professores em Luta - Uma Prova Iníqua que Tem de Ser Enterrada!

prova professores 01Está convocada para hoje, dia 19 de Dezembro, mais uma edição da chamada “Prova de Avaliação de Conhecimentos e Competências” (PACC) destinada aos professores contratados a prazo, com a qual o ministro Crato, lambe-botas da chancelarina Merkel e lacaio do grande capitalismo internacional que pretende tomar conta da escola pública em Portugal, visa prosseguir a sua cruzada para roubar, humilhar, perseguir e despedir a maioria dos professores que ainda existem nas nossas escolas.

A dita PACC foi criada pelo primeiro governo de José Sócrates e foi aplicada pela primeira vez pelo actual governo Coelho/Portas em 18 de Dezembro de 2013, altura em que os professores a conseguiram boicotar em mais de metade das salas e escolas em que decorreu. Numa manobra provocatória e fascista, o ministro Crato aplicou pela segunda vez a prova em 22 de Julho passado, convocando-a para uma altura em que um grande número de professores se encontrava a corrigir provas de exame ou já se encontrava de férias e, ademais, fazendo-o apenas com três dias de antecedência para que os sindicatos não pudessem marcar uma greve dos professores chamados a fazer a vigilância da dita prova. Mesmo assim, e apesar de o sinistro Crato ter mandado ocupar as escolas com polícia, a luta dos professores logrou boicotar a PACC em muitas escolas.

Estas duas edições da PACC conseguiu o governo Coelho/Portas aplicá-las apenas aos cerca de 13.500 professores contratados com menos de cinco anos de serviço efectivo, e não, como pretendia, aos quase 40.000 professores que, estando a dar aulas há cinco, dez, quinze ou vinte anos, nunca foram integrados nos quadros do Ministério da Educação. As duas edições da PACC acima referidas saldaram-se pela exclusão do concurso de professores de cerca de 5.000 dos 13.551 professores inicialmente inscritos, a maioria (cerca de 3.500) por ter lutado e se ter oposto à sua realização, tendo reprovado na prova cerca de 1.500 candidatos. Dos cerca de 8.500 professores que obtiveram aprovação nas mencionadas edições da PACC que tiveram lugar no ano lectivo passado, praticamente nenhum foi colocado nas escolas no presente ano lectivo, tornando assim ainda mais claro que o seu único objectivo foi a exclusão em massa de professores do sistema público de ensino.

Na PACC convocada para amanhã, estão inscritos 2.863 professores, a grande maioria provindo do universo de cerca de 3.500 professores com menos de cinco anos de serviço que não realizaram a prova no ano lectivo passado. Entretanto, o Ministério da Educação excluiu da candidatura outros 611 professores, invocando para isso problemas burocráticos e processuais que escondem uma perseguição política aos professores mais activos na luta pelo boicote das anteriores edições da PACC.

Estando convocada por diversas organizações sindicais uma greve às vigilâncias desta prova e tendo o ministério da Educação sido derrotado na tentativa de convocar serviços mínimos para impedir o êxito dessa greve, foi desencadeada mais uma manobra pérfida por parte da corja comandada pelo facínora Crato consistente em, primeiro, apressar a realização das reuniões de avaliação do final do período para esvaziar as escolas de professores e barrar o seu acesso às mesmas no dia de amanhã; em segundo lugar, distribuir os professores inscritos para realizar a prova por um grande número de escolas, de forma que, em cada uma delas, seja necessário apenas um pequeno número de professores vigilantes; em terceiro lugar, manter secreta a informação de quais são essas escolas; e, em quarto lugar, ordenar às direcções das escolas para contactar secretamente os meia-dúzia de fura-greves com os quais se pretende assegurar a realização da prova.

Os professores devem desbaratar com determinação estas manobras prepotentes e terroristas que, como outras do mesmo jaez, visam destruir a escola pública e arruinar a educação das novas gerações em Portugal. Amanhã é dia de luta nas escolas! Abaixo o ministro fascista Nuno Crato! Abaixo o governo de traição nacional Coelho/Portas! Viva o governo democrático e patriótico! Por uma educação pública democrática e de qualidade!




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