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PAÍS

Enfermeiros em Luta Elevam Adesão em Novo Dia de Greve Nacional

(do nosso correspondente)

greve 01O segundo dia de greve nacional realizado este mês pelos enfermeiros, que termina às 24H00 de hoje, dia 21 de Novembro, registou uma adesão de 80%, ou seja, superou a do passado dia 14.

É esta a resposta que os enfermeiros dão às manobras e pressões exercidas pelo ministro Paulo Macedo, que já deveria ter percebido que os enfermeiros não se deixam amedrontar pelas suas contínuas chantagens e tentativas de colocar a opinião pública contra estes profissionais, gerando, ainda, confusão com a marcação de reuniões em vésperas das greves, recorrendo a ardis rasteiros como o de obrigar os enfermeiros dos centros hospitalares onde existiam casos de legionela a permanecer no seu lugar de trabalho apesar de estarem em greve.

A questão é clara: o governo quer acabar com o Serviço Nacional de Saúde (SNS), mas sente-se obrigado pela luta do povo a fazê-lo às escondidas para tentar minimizar a revolta dos portugueses.

Na reunião realizada ontem, entre sindicato e ministério da saúde, voltou a sair uma mão cheia de nada, no que se refere a reivindicações cruciais que garantem a qualidade do serviço prestado, como sejam o horário das 35 horas, a contratação do número mínimo de enfermeiros necessários a uma prestação de serviço segura e de qualidade, o direito ao gozo das folgas, a harmonização dos salários.

O governo de traição nacional Coelho/Portas promete agora (mais uma promessa certamente igual a tantas outras que fez e rasgou no passado) um aumento do número de enfermeiros.

Fala em mil, querendo fazer esquecer que mais de 3000 enfermeiros no último ano passaram à situação de gozarem dos descontos que fizeram durante toda uma vida, ou seja, mesmo admitindo a hipótese de serem efectivamente mil os enfermeiros a iniciar funções (há, contudo, a ter em conta que nestes mil estão incluídos os enfermeiros que passaram de contratados a efectivos), a diferença para os aposentados (cerca de 3000) é abissal e não resolve nem de perto a falta de enfermeiros que está a provocar a ruptura em muitos dos serviços do SNS, de que destacamos o Hospital de Santarém como mero exemplo, já que os 30 enfermeiros contratados são notoriamente insuficientes, situação que pode levar ao encerramento de salas operatórias. Sem esquecer que dentro destes mil estão também os que passaram de contratados a efectivos.

Não pode ficar sem uma palavra de indignação e revolta os miseráveis "vencimentos" à hora para além de muitos outros, como os aplicados nas contratações feitas através de empresas de subcontratação, caso do Centro Hospitalar do Médio Tejo, e que subsistem abaixo dos valores legais (se incluirmos os ratados complementos, chegam algumas vezes a ser um terço do que está previsto na lei).

Trata-se, é bom que se diga e bem alto, de UM INSULTO A TODOS OS ENFERMEIROS QUE NÃO PODE NEM VAI FICAR SEM RESPOSTA.

É imperioso que os enfermeiros e as organizações que os representam assumam que a única forma de conseguir este desiderato bem como a melhoria das condições de vida e trabalho da generalidade dos portugueses passa obrigatoriamente pelo derrube deste governo de traição nacional.





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