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Mais Um Operário Morre em Obra da EDP

capacete01No passado dia 6 de Novembro, ocorreu mais um acidente de trabalho numa obra da EDP, em que morreu o operário Fernando Araújo de Sá de 45 anos de idade.

Logo após este acidente, a redacção do Luta Popular procurou em vão obter imediatamente uma informação mais completa e rigorosa da identificação da vítima da EDP e das circunstâncias em que o acidente ocorreu.

Sucede que, para além do que foi então muito laconicamente noticiado na imprensa burguesa, nenhuma das entidades envolvidas quis dar uma única informação ou explicação sobre o assunto.

Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), a dona da obra EDP, a empresa construtora da obra MSF e a empresa fiscalizadora da obra Tecnoplano, todas elas mais uma vez se refugiaram no silêncio, na esperança que o assunto ficasse no esquecimento.

Só agora foi possível obter mais elementos, através do relatório dos bombeiros do Regimento de Sapadores Bombeiros que estiveram no local e a que o Luta Popular Online teve acesso.

De acordo com esse relatório, o operário Fernando Araújo de Sá perdeu a vida pouco depois das 8.30 horas dentro do cabouco de uma fundação cuja cofragem estava a consolidar, nas obras do futuro Centro de Artes e Tecnologia da EDP, no espaço do Museu da Electricidade.

Para além da dona da obra, em primeiro lugar, a EDP, representada no caso por Ricardo Santos, são igualmente responsáveis por este crime a empresa Tecnoplano, encarregada da respectiva fiscalização, representada por Luciano Branco e a construtora MSF, representada pelo Engº Carlos Barbosa.

Tanto a imprensa burguesa como, em particular e de forma mais grave, a ACT, encaram estes autênticos homicídios ou como meras notícias mais ou menos sensacionalistas ou como simples elementos estatísticos, nunca se preocupando em apurar e divulgar as responsabilidades dos intervenientes e respectiva punição quando ela porventura ocorra e, muitas das vezes, sem sequer se tomarem medidas imediatas de suspensão das obras até, pelo menos, se concluir um inquérito preliminar.
A lógica assassina dos capitalistas é esta: que importância têm as mortes em acidentes de trabalho quando existe mais de um milhão de desempregados para os substituir?
Se a ACT não passa de imediato a denunciar o que está a ocorrer com os cada vez mais frequentes acidentes de trabalho na construção civil e, em particular, em obras da EDP, torna-se cúmplice da prática destes crimes.

 

 

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Comentários   

 
# Manuel de Lima e Silva 17-11-2014 05:18
As entidades patronais vêem sempre os operários como mercadoria descartável a qualquer momento quer despedindo, ou mesmo se morrer no trabalho!!!

Omitir as causas sem apurar responsabilidad es porque na verdade à imensos para substituir e a qualquer preço pois cada vez o operário menos custos representa para o patrão!!!

Saudações.
 

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