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PAÍS

Fábrica de Tintas Sopotin (Paredes) - A Insegurança Criminosa no Trabalho Continua a Fazer Vítimas

Em consequência de uma explosão, seguida de incêndio, ocorrida ontem no armazém da fábrica de tintas e vernizes da empresa Sopotin em Vilela, no concelho de Paredes, ficou gravemente ferido um trabalhador que procedia a uma trasfega de diluente.

De acordo com a informação prestada pelo próprio comandante dos bombeiros de Lordelo que interveio no local, a explosão foi provocada por um atrito de electricidade estática num ambiente de excessiva concentração de gases altamente inflamáveis.

Ou seja, por manifesta falta de condições de segurança.

Num curto espaço de três dias, e que seja do conhecimento público, este é o terceiro acidente de trabalho a vitimar trabalhadores.

Foi na fábrica Caima, em Constância – em que tombaram dois operários -, outro, junto às instalações da Nokia em Alfragide, com trabalhadores da empresa CME, contratada pela EDP, na reparação de um cabo perto de um posto de transformação eléctrica e, agora, nesta fábrica de tintas.

No caso da CME (Construção e Manutenção Electromecânica, S.A.), empresa empreiteira ao serviço da EDP, a explosão deu-se, no dia seguinte a um outro acidente no mesmo local e com a mesma empresa – em que o operário em causa foi electrocutado -, tendo agora saído gravemente feridos dois operários, um deles com queimaduras extensas e, o segundo, ainda com queimaduras das vias respiratórias.

Refira-se ainda que, neste acidente, um dos trabalhadores feridos teve de ser transportado para um hospital do Porto por não haver vagas (!!) na unidade de queimados do Hospital de São José

Esta senda de inqualificáveis crimes contra quem é miseravelmente explorado e sujeito a brutais ritmos de trabalho não parará, enquanto os capitalistas seus autores se sentirem impunes pela inércia do Ministério Público, ACT e tribunais relativamente ao desprezo pelas condições de segurança no trabalho.


Correcção

Por lapso lamentável, referimo-nos na notícia supra ao nome de uma das empresas como tendo sido a CME (Construção e Manutenção Electromecânica, SA), quando queríamos ter referido o nome da empresa EIE (Electricidade e Instalações Especiais). Quanto aos dois acidentes graves de trabalho da CME em Paderne e Bragança, que estão na origem do nosso lapso, voltaremos a eles em breve.

 14.11.2014

A Redacção




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