PAÍS
Greve no Metropolitano com Adesão Total
- Publicado em 25.09.2014
Como noticiámos logo ao início da madrugada, dezenas de operários e trabalhadores dos vários sectores do Metropolitano de Lisboa, designadamente maquinistas e trabalhadores do movimento, e dirigentes de todos os sindicatos e da Comissão de Trabalhadores, concentraram-se junto às instalações da empresa na Rua Sidónio Pais, onde funciona o Posto de Comando Central, tendo assegurado logo de início a adesão total à greve e garantido, assim, a paralisação da circulação durante as 24 horas de duração da greve.
Assinale-se o facto de os lacaios da administração terem ensaiado a manobra de levar as composições a circular até à 01H00, no que foram pronta e firmemente contrariados pelos maquinistas e dirigentes sindicais.
Durante a concentração, cerca das 02H30, teve lugar uma sessão onde tomaram a palavra dirigentes dos diversos sindicatos representados na empresa.
Na ocasião, o camarada Luís Franco, presidente do SINDEM, começou por assinalar as recentes indicações sobre o elevado número de greves realizadas desde a tomada de posse deste governo de traição nacional – numa média de uma greve a cada cinco dias –, facto este desde logo revelador de que os trabalhadores não ajoelharam na luta contra o governo e a Tróica e que, por outro lado, demonstra a vitalidade do movimento operário para travar combates mais amplos e prolongados para derrubar o governo de traição nacional e impor o não pagamento da dívida e a formação de um governo democrático e patriótico.
Luís Franco defendeu ainda a necessidade de serem imediatamente demitidas as administrações de todas as empresas do sector dos transportes que o governo pretende agora privatizar, tendo ainda apelado ao alargamento e intensificação da luta dos trabalhadores.
Por último, fez questão de endereçar uma saudação especial de solidariedade aos enfermeiros a iniciar o seu segundo dia de greve e aos funcionários judiciais que amanhã realizam uma greve de 24 horas, no que foi fortemente aplaudido.
Para além dos trabalhadores do Posto de Comando Central e dos trabalhadores do movimento e da tracção, também os operários das oficinas aderiram em 100% à greve.
Está convocada para amanhã uma reunião de dirigentes sindicais para estudar e propor novas formas de luta.
Viva a justa e firme luta dos trabalhadores do Metropolitano de Lisboa!
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