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PAÍS

CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO DOS CTT DE GUIMARÃES - TRABALHADORES FAZEM QUATRO DIAS DE GREVE PARCIAL E UM DE GREVE DE 24 HORAS

Os trabalhadores do Centro de Distribuição de Guimarães dos CTT, em número de sessenta e seis, encontram-se em greve parcial, das 07H00 às 09H00, desde o passado dia 18 de Agosto, prolongando-a até hoje, dia 21, e completando-a com uma greve total de 24 horas, amanhã.

Num ambiente de forte espírito de luta e firmeza, a greve obteve até agora uma adesão de perto de 70% dos trabalhadores, provocando atrasos e perturbações na distribuição – como sucedeu, por exemplo, logo no primeiro dia na Loja dos CTT da cidade.

Estes trabalhadores estão em luta contra os ritmos brutais e condições de trabalho inadmissíveis que o patronato, a quem o governo de traição nacional Coelho/Portas entregou a empresa, os sujeita, em particular após a integração do Centro de Distribuição de Vizela no de Guimarães, que se seguiu à do Centro de Riba de Ave.

Com a falta de preenchimento dos lugares que vão vagando e com a sobrecarga emergente daquelas integrações, os trabalhadores do sector da distribuição dos CTT de Guimarães são forçados a fazer horas extraordinárias em excesso – chegam a ter de trabalhar dez e doze horas diárias -, trabalho esse que não lhes é sequer remunerado.

A este verdadeiro roubo do trabalho e do salário, num regime que em nada difere do da escravatura, acresce o facto de os actuais patrões dos CTT estarem a adoptar e a impor procedimentos de trabalho que implicam graves condicionamentos dos trabalhadores para garantirem a qualidade do serviço, como é o caso de obrigarem a trabalhar com dois e três maços de correspondência, como denunciou ao Luta Popular o dirigente sindical João Carvalho.

Importa aqui referir que os lacaios da administração dos CTT denunciaram recentemente o Acordo de Empresa, avançando com um ferocíssimo ataque em matéria de contratação colectiva, ataque esse que se estende aos trabalhadores de todos os sectores da empresa e que tem de merecer uma resposta firme e unida – a qual, no nosso entender, deverá também passar por uma greve geral de 48 horas com os restantes trabalhadores portugueses, explorados e amordaçados em consequência da política do governo de traição nacional Coelho/Portas.

Amanhã, assegurado o início da greve total de 24 horas, com o turno das 07H00, terá lugar um desfile dos carteiros em motos, com partida do Centro de Distribuição de Guimarães por volta das 09H00, entre esta cidade e a cidade de Vizela. 


 Actualização às 12H00 em 22.08  

Adesão de 90% no início da greve de 24 horas 

mms img-293401442O jornalista do Luta Popular esteve hoje logo de manhã no início da greve de 24 horas dos trabalhadores dos CTT do centro de distribuição de Guimarães, tendo aí recolhido, e constatado, a informação de uma adesão de 90% dos trabalhadores a este dia de greve (que culminou 4 dias de greve parcial de duas horas).

Com uma forte disposição de luta, os grevistas iniciaram, como previsto, um giro até Vizela nas suas motos. em que se deslocam diária e arduamente. para a distribuição da correspondência.

Como melhor nos descreveram estes trabalhadores, os novos patrões a quem o governo de vende-pátrias vendeu a empresa aumentam permanentemente os giros, forçam os carteiros a vender lotarias, livros, brindes, etc., transformando-os em vendededores-carteiros, programam tempos de execução para cada tarefa impossíveis de cumprir – por exemplo, separar correio em meia hora!), mantêm equipamentos inadequados à protecção eficaz do correio, obrigando os carteiros a improvisaram alternativas para o efeito...mms img1935617150

Acresce que a concepção capitalista de ver no trabalhador um robot a quem se explora até ao limite revela-se também na indiferença perante as implicações para os carteiros das alterações resultantes do encerramento do centro de Vizela – é que, agora, partindo de Guimarães, o tempo de distribuição aumenta, pelo menos, mais 15 minutos para cada lado!

Todas estas medidas terroristas acabam inevitavelmente por se traduzir na crescente degradação de um serviço de evidente interesse público.

 



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