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PAÍS

Descarrilamento na Linha da Beira Alta - Os efeitos da política terrorista dos transportes

(do nosso correspondente na C.P.)

ponte de comboioDescarrilou ontem, dia 15 pelas 12 horas, um comboio de mercadorias da empresa privada TAKARGO, entre Mortágua e o apeadeiro de Luso-Buçaco, na Linha da Beira Alta, quando os rodados de um dos vagões saltou dos carris e veio a partir as travessas ao longo de seis quilómetros.

Até ao momento a REFER ainda não tem previsão sobre quando poderá reabrir a linha, mas o mais provável é que os trabalhos se prolonguem durante toda a semana devido à dimensão dos estragos.

O vagão não sofreu danos de monta, mas a extensão de via danificada coloca à REFER um problema essencialmente logístico: conseguir material e homens para atacar imediatamente uma frente de obra com seis quilómetros numa zona sinuosa e de difíceis acessos. São necessárias cerca de 10 mil travessas.

É que a interrupção da linha da Beira Alta ocorre numa altura em que a via que poderia servir de redundância à principal via de saída e entrada do País, em termos ferroviários, encontra-se abandonada desde que foi encerrado o troço da Linha da Beira Baixa que ligava a Covilhã à Guarda e todas as outras ligações com Espanha, à excepção da ligação para Vigo, se encontram encerradas e abandonadas. São apenas 50 quilómetros de via que começaram a ser renovados em 2009, mas pouco passaram do apeadeiro de Caria. Os transbordos que a CP se vê agora obriga a fazer, dos Intercidades e Regionais, serão entre Vilar Formoso e Lisboa, no caso do Sud Express e do Internacional de Madrid, poderiam assim ser evitados se a política economicista e de subjugação aos ditames do imperialismo germânico, via Tróica, não acontecessem.

A juntar ao tráfego normal que terá de ser completamente suspenso, afectando pessoas e mercadorias, há ainda a final da Taça dos Campeões de futebol no próximo dia 24, a realizar em Lisboa, estando fretados 12 comboios especiais vindos de Madrid.

Numa altura em que o governo se apressa a chamar toda a comunidade internacional, para que iluminem com os seus holofotes o "milagre económico" do cumprimento canino da prescrição da Tróica, seria bom que mostrasse também, toda a destruição a que tem vindo a levar do País e neste caso, abraçando-se aos dirigentes do PS, o aniquilamento de centenas de quilómetros de vias férreas, que têm deixado populações inteiras sem qualquer meio de transporte. O "milagre" que continua a ser pago com os maiores sacrifícios de quem trabalha ou se encontra na situação de reforma ou desempregado. O combate à desertificação do interior do País, não se faz com a supressão cada vez maior dos meios de comunicação.

É também por isso que este governo, PSD/CDS Cavaco, deve ser imediatamente destituído, e no próximo dia 25 não devemos votar em nenhum desses partidos que têm dividido o poder entre si, quer estejam no Governo ou representados na A.R. O voto deve ser dado àqueles que têm uma política consequente e de recusa do pagamento de uma dívida, que longe de estar resolvida, é cada vez mais impagável. O voto de dia 25 deve ser dado a quem lute pela saída imediata do Euro, pois só assim poderemos resolver grande parte dos problemas económicos do País e levar à prática a modernização das vias férreas e do material circulante.

Esse voto é sem dúvida nos candidatos do PCTP/MRPP!

 

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