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PAÍS

Falha Acordo na Panasqueira

Como havíamos noticiado, realizou-se ontem, dia 10 de Abril, no Ministério do Trabalho (Direcção-Geral do Emprego e Relações de Trabalho) na cidade do Porto, a reunião tripartida entre os mineiros, a empresa concessionária e o governo, na sequência de uma firme e entusiástica greve de 48 horas com vista à obtenção de um aumento de 55 euros no salário mensal, sem prolongamento, como provocatoriamente pretendia o patrão, do aumento do turno de trabalho de 8 para 10 horas.

A reunião demorou 3 horas, terminou às 17H00 e saldou-se por uma absoluta e total falta de acordo entre os mineiros e a empresa concessionária, já que, quanto aos representantes do governo, se limitaram a empurrar com a barriga.

Apesar da falta de acordo, ambas as partes (mineiros e concessionários) garantiram disponibilidade para prosseguirem as negociações.

Hoje à tarde, às 14H30, realizar-se-á na Barroca Grande o plenário dos trabalhadores das minas para análise da situação e definição das formas de luta.

A contra-proposta da Sojitz Beralt na reunião tripartida não passa de provocação: um aumento de 0,27% do salário mensal, que posteriormente subiu para 0,4%, à condição de ser aceite, pois de contrário voltariam à proposta inicial de 0,27%...

Nas contas do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira (STIM), para um salário médio mensal de cerca de 700 euros, o aumento avançado pelos patrões não chegava a três euros mensais!...

Estas torpes provocações têm o apoio do governo de traição nacional Coelho/Portas, cuja política é a de empobrecer continuamente quem trabalha, depois de ter mandado para o desemprego um milhão e meio de trabalhadores.

Alfredo Franco, um dos lacaios portugueses da administração da concessionária Sojitz Beralt, declarou ontem à imprensa, à saída da reunião tripartida, que a empresa esperava para o corrente ano um prejuízo de 2,5 milhões de euros e que, perante a perspectiva de tais resultados, não teria possibilidade de acompanhar o pedido dos mineiros.

Este argumento do lacaio Alfredo Franco é totalmente falso.

Com efeito, ao longo dos últimos três anos e na actualidade, a médio e longo prazo, a procura de volfrâmio é maior do que a oferta no mercado mundial, pelo que os preços da tonelada de volfrâmio têm estado continuamente em alta.

Há não muito tempo, Corrêa de Sá, outro dos administradores da Sojitz Beralt, dizia ao Jornal do Fundão: “O futuro imediato da Panasqueira, esse continua garantido; neste momento, quanto mais tivéssemos, mais vendíamos. A procura é bastante mais do que a oferta e, por isso, o preço está em alta” e que confiava que “nos próximos anos este cenário se manteria”.

Como se vê, o lacaio Alfredo Franco é um charlatão mentiroso, em oposição aliás com o que tem estado a dizer o administrador Corrêa de Sá.

Os mineiros, todavia, não têm dúvidas sobre o carácter dos aldrabões que os exploram.

No plenário desta tarde, tudo aponta para a adopção de novas formas de luta, sem excluir a continuação da greve.

Apelamos aos mineiros portugueses de outras minas, designadamente em Aljustrel e Valongo, para exprimirem solidariedade com os camaradas da Panasqueira, por todos os meios ao seu alcance.

Os mineiros triunfarão!

E./P.

Minas da Panasqueira - A Greve Terminou, a Luta Continua!
Minas da Panasqueira: A Greve Continua
Viva a Greve dos Mineiros da Panasqueira!

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