CampanhaFundos202206

IBAN PT50003502020003702663054   NIB 003502020003702663054

PAÍS

Como a administração da Autoeuropa serve os fins eleitoralistas da coligação traidora PSD/CDS

trabalhadores autoeuropa 01A administração da fábrica de automóveis Autoeuropa, do grupo alemão da Volkswagen, anunciou recentemente, através do director daquela unidade de produção de Palmela, a intenção de investir em Portugal 670 milhões de euros até 2019.

O anúncio desta mera intenção de investimento deu, contudo, lugar a uma cerimónia pública com pompa e circunstância, com ministro e tudo, e mereceu imediatamente por parte de toda a comunicação social vendida grandes parangonas nas primeiras páginas dos jornais e destaques de relevo nos serviços noticiosos dos canais televisivos.

Ou seja, a encenação foi de tal ordem que aquilo que ainda não existe e não passa de uma incerta intenção surgiu como um facto consumado e apresentado, no fundo, como um sinal de confiança e apoio da parte do imperialismo germânico na política do governo de traição nacional PSD/CDS.

Acontece que se fica a saber, pelas próprias declarações do director da fábrica de Palmela, que o proclamado investimento estará ainda dependente da aprovação de Bruxelas e condicionado por incentivos a conceder pelo governo português, o que, convenhamos, da parte destes lacaios, não constituirá problema.

Seja como for, a concretizar-se este propalado plano, nada ocorrerá antes do próximo mês de Junho de 2014, isto é, só depois das eleições europeias que , como é sabido, terão lugar a 25 de Maio deste ano.

Ou seja, estamos perante um descarado golpe eleitoralista orquestrado pela coligação fascista no poder para tentar iludir os trabalhadores e levá-los a votar em quem se tem dedicado ao roubo do trabalho, dos salários, das pensões e das reformas.

Sucede, contudo, que qualquer plano de reforço do investimento alemão nesta fábrica, que exporta a quase totalidade da sua produção, tem e terá sempre por detrás, por parte dos lacaios do governo português, a garantia de condições de exploração e liquidação dos direitos dos trabalhadores que assegurem uma rentabilidade segura do capital investido.

Só que também não se pode deixar passar em claro a conivência e cumplicidade de alguns dirigentes da CT, que se gabam de colaborar e trabalhar em conjunto com a administração e não se coíbem de reconhecer e dar o justo valor à administração local, tudo nas palavras de António Chora, presidente da CT.

Todas estas manobras eleitoralistas visam acima de tudo impedir que se discuta neste período eleitoral a necessidade da saída do Euro, como única alternativa para pôr termo precisamente à dramática situação para que foram e continuarão a ser lançados milhões de famílias trabalhadoras, em consequência dos ditames da chancelerina Merkel.

E disto, como da necessidade de derrubar o governo de traição nacional PSD/CDS, não se podem também alhear os operários da Autoeuropa.


Partilhar

Adicionar comentário


Código de segurança
Actualizar

Está em... Home País MOVIMENTO OPERÁRIO E SINDICAL Como a administração da Autoeuropa serve os fins eleitoralistas da coligação traidora PSD/CDS