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PAÍS

Sintra: Quatro dias de greve dos trabalhadores de limpeza e de recolha de resíduos

A greve de quatro dias convocada pelo STAL visa "exigir uma negociação séria e transparente" entre a Câmara Municipal de Sintra e as estruturas sindicais sobre a integração de trabalhadores da HPEM (Higiene Pública-EEM) na autarquia e nos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Sintra (SMAS)".

Os trabalhadores reclamam a "fixação expressa das funções dos trabalhadores cedidos", a "manutenção dos níveis remuneratórios auferidos pelos trabalhadores, fixando expressamente os pagamentos da remuneração base, dos subsídios de risco, de turno, de refeição e ajudas de custo" e a abertura de "concursos de admissão para todos os trabalhadores cedidos, no prazo máximo de 12 meses".

Depois da reunião com o presidente da Câmara Municipal, os trabalhadores reafirmam que não aceitam a posição da autarquia que persiste na posição de que não fará qualquer alteração ou adenda aos acordos de cedência de interesse público, remetendo para uma “deliberação que pode ser alterada a qualquer momento". Esta recusa, para o STAL, aumenta “…as razões para a luta dos trabalhadores".

O sindicato afirma que muitos dos 300 trabalhadores da HPEM já assinaram o acordo de cedência, mas o STAL acusa a autarquia de "pressionar os trabalhadores para aceitarem a internalização" dos serviços de limpeza urbana na câmara e da recolha de resíduos nos SMAS apenas com base em promessas que não garantem os seus direitos.

É importante referir que, para além da integração da HPEM na câmara e nos SMAS, a Educa (equipamentos educativos) será extinta. A SintraQuorum será reestruturada, mantendo a gestão do Centro Cultural Olga Cadaval, da Quinta Nova da Assunção (Belas) e da Escola Profissional de Conservação e Restauro e assumindo o antigo Casino e a Quinta da Regaleira. O Museu Arqueológico de São Miguel de Odrinhas será integrado na câmara.

A greve na HPEM está agendada para decorrer entre os dias 08 e 11 de Abril. O sindicato informou que serão os trabalhadores, em plenários marcados para o início da próxima semana, a "decidir se vão para a frente com a greve".

Esta justa posição dos trabalhadores da HPEM deve estender-se às outras empresas municipais, exigindo nestas, também, que os seus direitos sejam assegurados. É importante que os que vendem a sua força de trabalho reflictam sobre se é necessário existirem empresas municipais, quando a autarquia pode muito bem gerir o bem público ao serviço das populações.



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