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PAÍS

Valorsul: Trabalhadores em greve contra a privatização

trabalhadores valor sul 01Mais de 80% dos trabalhadores desta empresa que trata os resíduos sólidos urbanos aderiram a esta greve contra a privatização da Empresa Geral de Fomento (EGF), a 'sub-holding' do grupo Águas de Portugal para o sector dos resíduos.

Na central de incineração de Loures a adesão dos trabalhadores à greve é de 100 por cento, segundo o sindicato representativo. Esta greve, que começou segunda-feira, 17/03, irá prolongar-se até à próxima quinta-feira, ou seja, terá a duração de 4 dias!

Os trabalhadores contestam a privatização anunciada pelo governo, contando com o apoio das 19 autarquias que são servidas por esta central de incineração, que também contestam a venda de mais um activo público a grupos e interesses privados, como vai sendo recorrente por parte deste governo vende-pátrias.

Os trabalhadores em greve acusam o governo de que, com esta privatização, irão precarizar os 380 postos de trabalho, aumentando assim a exploração, o risco de desemprego e a degradação das condições de trabalho vigentes.

É importante referir que a EGF, que gere o lixo de mais de dois terços da população do país, mais precisamente de 174 concelhos, é como já dissemos aqui nestas páginas um negócio enormemente lucrativo e que a presente operação de privatização visa o duplo objectivo de“alocar ao abate da dívida da Águas de Portugal – a empresa mãe – o valor que obtiver desta operação de privatização” e preparar “…a criação de um precedente para a privatização de um importante activo público como é a água”, bastando“…atentar nas empresas estrangeiras que já manifestaram o seu interesse na privatização da EGF: as chinesas Sound Environmental e Beijing Waters e as brasileiras Solvi e Odebrecht, havendo a possibilidade de empresas portuguesas – como é o caso da Mota-Engil que já tornou público o seu interesse – se virem a aliar a investidores internacionais para participar neste negócio.

Esta luta é sintomática do que é preciso e mais que premente ter como objectivo: o derrube deste governo de traição nacional, impondo como alternativa um governo democrático patriótico que diga não ao pagamento desta dívida odiosa, ilegítima e ilegal, um governo que assegurará que activos públicos fundamentais como a água não sejam privatizados e outros activos entretanto vendidos a grandes corporações, nacionais ou estrangeiras – como foi o caso da electricidade e da rede eléctrica –, voltem a ser nacionalizados.


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