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PAÍS

A destruição sistemática do SNS provoca morte e sofrimento para o povo

sns 01No passado mês de Fevereiro, um cidadão de nome João Brochado, de 60 anos de idade, foi operado por suspeita de cancro raro, mas contraiu uma infecção e o Centro Hospitalar do Oeste (Caldas da Rainha) que não tem uma unidade de cuidados intensivos, tentou transferi-lo com urgência para um hospital com essa valência. Os hospitais Santa Maria, Loures, e Leiria recusaram o doente, e só foi aceite em Abrantes, chegando em estado crítico à cidade ribatejana, onde foi submetido a duas operações, às quais não viria a resistir, falecendo. Os motivos dados a esta situação de brutal gravidade, foram de que “não havia camas disponíveis nos serviços de cuidados intensivos”.

Esta situação dramática, de falta de camas, é denunciada por Rui Moreno, presidente do colégio da sub-especialidade de Medicina Intensiva da Ordem dos Médicos: “Portugal tem apenas quatro a cinco camas nos serviços de cuidados intensivos por cada cem mil habitantes. A média europeia situa-se nas 12. Portugal tem assim 450 camas nos serviços de cuidados intensivos. Devia ter 900”…por este motivo a falta de camas nos cuidados intensivos, cuja maioria das unidades tem uma lotação na ordem dos 90 por cento. O alerta deste médico vai mais longe: não faltam apenas camas, há também falta de médicos e de enfermeiros. «Não me admiro quando há hospitais a dizer que fazem 10 telefonemas até conseguirem vaga» para um doente, diz Rui Moreno, que também é responsável pela Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital de São José.

O bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva afirma também que este “cenário piora quando estamos numa altura de infecções respiratórias. É por isso que a lotação não deve passar os 80 por cento. Mas a maioria das unidades tem a lotação sempre acima dos 90 por cento”.

Esta situação vem comprovadamente mostrar que as denúncias feitas pelas organizações sindicais, de médicos e enfermeiros, e dos utentes do SNS, são justas, denúncias que demonstram cabalmente a destruição sistemática e acelerada do Serviço Nacional de Saúde pela politica deliberada deste governo de traição nacional.

Esta situação criminosa irá com certeza piorar, porquanto os cortes no OE para este ano são por si brutais. Como já aqui nestas páginas denunciámos, o orçamento para a Saúde neste ano que agora se inicia, diminuirá 9,4% face a 2013, e o Ministério quer, a mando da tróica germano-imperialista, cortar mais de 250 milhões de euros na despesa.

Esta situação vem também demonstrar à saciedade de que o não pagamento da dívida defendida por cada vez mais trabalhadores, democratas e patriotas é o único caminho que impedirá a contínua destruição do SNS, objectivo primacial do grande capital que pretende privatizar a saúde.

O derrube deste governo, mentores deste puro assassínio deste cidadão, é mais que urgente, impondo em seu lugar um governo democrático patriótico que tenha como primeiras medidas a saída do euro e o não pagamento desta dívida odiosa, ilegal e ilegítima.

Não há tempo a perder, ousemos lutar para vencermos!


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