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Hospital Distrital de Aveiro - Assistentes Técnicos e Operacionais da urgência em greve

hospitaldistritalaveiro 01A exemplo do que ocorre em muitas das unidades de saúde hospitalares e outras do país, os assistentes técnicos e operacionais da urgência que trabalham duramente no Hospital Distrital de Aveiro encontram-se há demasiado tempo no limite da exaustão, esgotados pela acumulação incessante dos turnos que sucessivamente são obrigados a fazer, sujeitos a centenas de horas extraordinárias que não só não lhes cabe cumprir, como não são por elas remunerados.

Estes profissionais de saúde chegam a trabalhar dois e três turnos seguidos, e, por várias vezes, são deslocados do serviço de urgência para realizar tarefas relacionadas com a recepção de cadáveres para o Instituto de Medicina Legal(!!).

O secretário-geral do SINTAP denunciou ainda ao Luta Popular o facto de os assistentes da urgência se acharem submetidos a uma violência sem paralelo: as pessoas estão esgotadas e têm dezenas de horas a crédito que não sabem quando vão gozar porque depende da conveniência de serviço e do critério do respetivo dirigente.

E em material de roubo de salários e de trabalho, fez questão de referir que, de acordo com um estudo recente, a maioria dos incumpridores junto da Banca são hoje trabalhadores no activo e, em particular, os que têm trabalho em funções públicas.

Para pôr termo a esta situação de verdadeira escravatura, os assistentes da urgência do Hospital de Aveiro decidiram em plenário entrar em greve às horas extraordinárias, já convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (SINTAP) para ter início no próximo da 23 de Julho, com duração estabelecida no pré-aviso até ao final do ano.

Em reunião realizada hoje entre a administração do Hospital e dirigentes do sindicato, os gestores hospitalares vieram acenar com a promessa de 51 novos assistentes operacionais e 69 enfermeiros, aguardando que a Administração Central do Sistema Hospitalar agilize essa contratação.

Seja como for, o início da greve mantém-se para o dia 23 de Julho, sendo que, para além do recrutamento de novos assistentes para pôr termo à selvajaria agora em curso e a exigência do pagamento ou compensação em descanso do trabalho escravo até agora realizado, os assistentes das urgências exigem ainda a cessação imediata da sua utilização para recepção de cadáveres para o Instituto de Medicina Legal.

Não há que guardar ilusões no governo, nem nos seus homens de mão nas administrações hospitalares – só conhecem a linguagem da força e da firmeza.


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