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PAÍS

O orçamento terrorista de 2013 - A única alternativa é correr com o governo!

2012-10-13-manif 01Se a violência das medidas anunciadas a 7 de Setembro passado – e que levaram mais de um milhão de trabalhadores e elementos do povo às ruas de várias cidades do nosso país – já evidenciavam a vontade de praticar um assalto com grande violência aos trabalhadores e ao povo, a proposta de OE para 2013 agora apresentada mantém todas as medidas terroristas anteriormente anunciadas e agrava-as ainda nalguns casos. A resposta a esta nova declaração de guerra aos trabalhadores e ao povo português tem de ser dada na greve geral de 14 de Novembro e tem de passar pela exigência do derrube imediato do governo PSD/CDS.

Procurando impedir esta resposta do movimento operário e popular, sucedem-se nos meios de comunicação social os “painéis de especialistas” a “explicar”, de forma mais contida ou mais “indignada”, porque é que, em vez da total e rápida “sangria” a que este governo de traição quer sujeitar os trabalhadores e o povo, seria melhor optar por um programa mais “suave”, assente no princípio de pagar mais, mas por mais tempo!

Lembrar-se-ão, certamente, de que sempre nos opusemos ao que a “esquerda parlamentar” – PCP e BE, mas também o PS – defende no que concerne à dívida, isto é, que ela deveria ser “reestruturada” ou “renegociada”, de que o BCE deveria poder, inclusive, proceder a empréstimos directos aos países com problemas de “endividamento” ou emitir “eurobonds” mais favoráveis em termos de juros, chegando ao cúmulo de considerarem que a solução política para tratar das “crises do deficit” deveria ser encontrada no Parlamento europeu, escamoteando que, quer esta estrutura, quer a Comissão europeia, onde “pontifica” Durão Barroso, estão completamente dominados pelos interesses do imperialismo germânico e não passam de amplificadores da voz do dono, a chancelerina Merkel.

Esta visão oportunista, hesitante e poltrona é no que dá. Agora, toda um legião de politólogos, ex-presidentes da república, ex-ministros das finanças – quer de governos liderados pelo PS, quer do PSD –, face ao descabelado ataque terrorista e fascista aos trabalhadores e ao povo português que representam as medidas contidas no OE para 2013, e à mais do que certa oposição e revolta popular à aplicação das mesmas, vêm defender, precisamente, a “reestruturação” e a “renegociação” da dívida. Bom senso? Racionalidade? Será que Manuela Ferreira Leite, Bagão Félix ou Ulrich, o banqueiro, se transformaram, agora, em perigosos “esquerdistas”?

Mas, não só! Desde Ramalho Eanes a Jorge Sampaio, passando por Mário Soares e o traidor João Proença, todos apelam a que Cavaco intervenha, quer solicitando ao Tribunal Constitucional a avaliação prévia de “inconstitucionalidade” das normas contidas na proposta de Lei do Orçamento de estado para 2013, quer promovendo, primeiro a sós e, depois, em conjunto, reuniões com os partidos que subscreveram o memorando com a tróica germano-imperialista – PS, PSD e CDS – com vista à demissão do actual governo e à constituição de um novo governo, de iniciativa presidencial, uma espécie de governo de “salvação nacional” que mais não fizesse do que dourar a pílula da exploração e da miséria que, todos eles, querem que os trabalhadores e o povo engulam, ao mesmo tempo que servisse de “travão” à revolta popular.

Entendamo-nos de uma vez por todas! As medidas agora anunciadas vão, seguramente, agigantar a revolta e a mobilização para a luta não só de trabalhadores como de desempregados e precários, reformados e pensionistas, pequenos e médios empresários levados à falência e obrigados a proletarizarem-se, até à juventude estudantil e aos intelectuais. E, nestas circunstâncias, a contra-revolução procura organizar e reagrupar todas as suas forças para fazer face ao imenso caudal de lutas que está e vai continuar a emergir – desde logo a Greve Geral Nacional do próximo dia 14 de Novembro –, não só para derrubar este governo de traidores, mas para impor o NÃO PAGAMENTO (ou, no mínimo, a suspensão do mesmo) de uma dívida que está a empobrecer o nosso povo, a exaurir o nosso país dos seus recursos e a fazer-nos perder a nossa independência nacional.

Um governo de “salvação nacional” o que representa é isso mesmo. É ter toda a sorte de partidos que apoiaram e subscreveram o memorando da traição com a tróica germano-imperialista de braço dado com aqueles que defendem a “reestruturação” e a “renegociação” da dívida, todos eles com um único propósito: fazer o povo pagar uma dívida que não contraiu e da qual não beneficiou. Todos eles temerosos que o poder “caia na rua”, isto é, caia nas mãos do povo!

Tal como o derrube deste governo de traição e a constituição de um governo democrático patriótico representa, para os trabalhadores, para as diferentes camadas populares, a única saída possível para a recusa de uma dívida ilegal, ilegítima e odiosa, a única saída para um novo paradigma de economia que passe pela reabilitação do tecido produtivo destruído pelos que agora clamam por um governo de “salvação nacional”, uma economia ao serviço dos trabalhadores e controlada por estes.


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