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PAÍS

Um coelho assustado

governo para a ruaNo “debate” ocorrido ontem na Assembleia da República, Passos Coelho fez, uma vez mais, uma arrebatada defesa de que a dívida deve ser paga pelos trabalhadores e pelo povo, os quais, segundo o personagem, devem seguir o exemplo dele, Coelho, que pertence a “uma raça de homens que paga o que deve”! Mas se nenhuma das forças políticas representadas no parlamento defende o não pagamento da dívida, as palavras do homem só podem ter um destinatário que está fora de S. Bento e expressam o reconhecimento e o temor de uma exigência formulada pelo PCTP/MRPP e que milhões de trabalhadores e elementos do povo já adoptaram como sua: “Não pagamos!”

O mesmo pavor manifestado pelo Coelho face à luta operária e popular que exige o não pagamento da dívida e o derrube do seu governo, foi o que esteve presente no descabelado ataque que Coelho endereçou a Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, por este, na sua intervenção acerca do que se conhece – que é pouco – das intenções do governo de traição PSD/CDS em fazer abater sobre os trabalhadores e o povo português um ainda maior pacote de medidas terroristas e fascistas, ter considerado um roubo aquilo que a futura Lei do Orçamento Geral do Estado para 2013, e o orçamento rectificativo para este final de 2012, contemplam, classificando de “apelo à violência” a sua intervenção.

Claro que os trabalhadores e o povo português têm consciência de que tais acusações de Coelho não são endereçadas a Jerónimo de Sousa e ao PCP – que se prestaram de imediato, quer no hemiciclo da assembleia, quer nos seu corredores – a esclarecer que eles são contra a violência nas lutas dos trabalhadores. O alvo de Coelho são os operários e trabalhadores que se preparam para, na próxima greve geral – e recorrendo a todas as greves gerais ou sectoriais que sejam necessárias -, afrontar a violência com que o governo se prepara para implementar novas medidas que implicam um ainda maior empobrecimento, que agravam ainda mais as suas já miseráveis condições de vida, que agravam o desemprego e a precariedade, reunindo, assim, as condições para o derrube do seu governo de lacaios e serventuários dos interesses da tróica germano-imperialista.

É a luta da classe operária, dos trabalhadores, das massas populares que Coelho teme! Não as “diatribes” discursivas deste ou daqueloutro representante dos grupos da chamada “esquerda parlamentar”, pois ele sabe que “palavras leva-as o vento”, mas a luta na ruas, nas fábricas, nos locais de trabalho e nos bairros, essa sim, se for consequente, corajosa e combativa, se tiver um programa mínimo, baseado em princípios, a nortear as suas lutas, levará ao derrube do governo Coelho/Portas e à constituição de um governo democrático patriótico.

 

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