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PAÍS

Gaspar Dixit deu o mote: Governo para a rua… a trote ou a galope!

contra o roubo do salarioA “comunicação ao país” feita a 3 de Outubro pelo ministro das finanças, Gaspar Dixit, como membro de um governo serventuário dos interesses da tróica germano-imperialista e dos grandes grupos financeiros e bancários, só vem confirmar a justeza das denúncias que fazemos e dar razão àqueles que, como nós, indicam que o único caminho, a única saída, para defender os interesses do povo e de quem trabalha é o derrube deste governo.

As questões de princípio nunca é demais repeti-las! Ainda antes, e durante as eleições que haveriam de correr, em boa hora, com Sócrates, e eleger, na base da mentira, da denegação da verdade, nomeadamente quanto ao montante da dívida, quais os credores e a razão pela qual ela tinha sido contraída, o governo de traidores Passos/Portas, afirmávamos que a dívida era um instrumento usado pelo imperialismo germânico para fazer chantagem sobre os povos e os países mais “fragéis”, do ponto de vista da economia capitalista, da Europa, demonstrando, ao mesmo tempo, que essa dívida era IMPAGÁVEL!

E afirmámos que, se o povo caísse no engodo de que era obrigado a pagar a dívida porque estivera a “viver acima das suas possibilidades”, todos os dias, Passos, Portas, o seu inefável ministro das finanças, Gaspar Dixit, ou os batalhões de opinadores, politólogos e especialistas do regime, viriam anunciar que, afinal, as medidas terroristas e fascistas que tinham aplicado não tinham sido suficientes e seria necessário impor ainda, e sempre, mais, e mais e mais medidas contra o povo.
Passos, Portas e Gaspar Dixit que se haviam arvorado em paladinos dos “cortes nas despesas”, querem fazer crer, agora, que o governo teria “congelado” a sua bandeira dos “cortes nas despesas” pelo menos até 2014. Mas, o que Gaspar Dixit quer escamotear é que, quando o governo corta na despesa é para roubar os salários e despedir os funcionários públicos e ainda para retirar o acesso do povo trabalhador à saúde, à educação, à segurança social, etc. Neste âmbito, os cortes na despesa têm sido brutais, mas contra os trabalhadores e o povo. Os cortes na despesa que se exigem são o não pagamento da dívida, o não pagamento aos grandes capitalistas das mordomias que as PPPs, as rendas ao sector da energia, entre outras, proporcionam.
Cavaco “criticou” a iniquidade da desigualdade do esforço que estava a ser exigido para que se pagasse a dívida e, até o Tribunal Constitucional, concordando que havia uma “emergência nacional”, caucionou o confisco ilegal dos subsídios de férias e de natal aos trabalhadores da função pública, pelo que autorizava o roubo, mas “só” em 2012! E, o que é que mudou? Nada! Todos eles querem que continue a ser o povo, o único que não foi responsável pela dívida, nem dela retirou qualquer benefício, a pagá-la!

O que de facto sucedeu foi um anúncio de novas medidas terroristas e fascistas propositadamente vago, sobretudo no que diz respeito aos escalões do IRS. Mas, do que foi dito dá para perceber que o aumento de impostos é de uma violência enorme e muitíssimo mais gravoso que a revogada subida da TSU (quanto a esta, o Gaspar anunciou que vai haver nova proposta, isto é, vão voltar à carga). Apesar de termos de aguardar que mais dados sobre as medidas anunciadas nos possibilitem fazer melhor as contas, arriscaríamos dizer que o roubo aos trabalhadores com um ordenado médio, que as subidas no IRS representam, será bastante superior a um salário, enquanto que para certos sectores, como os professores e outros com rendimentos similares, se aproximará dos dois salários. Quanto aos impostos sobre o capital, não há praticamente aumento nenhum.

Para colmatar o “buraco” de 2,5 mil milhões de euros que se previa para o orçamento de estado de 2013, já que a TSU havia sido referendada nas ruas e o povo tinha dado um rotundo NÃO à sua aplicação, Gaspar Dixit vem anunciar alterações nos escalões do IRS – imposto sobre os rendimentos do trabalho –, anunciando de forma clara quais os novos escalões e os impactos que se vão registar pela sua alteração, e uma sobretaxa extraordinária de 4% sobre o imposto de rendimentos, mas sem mencionar qual o percentual e a partir de que montantes será aplicada uma sobretaxa sobre os lucros das empresas. Dualidade de critérios?
Ora, este “chico-esperto” da política, este sobredoseado de “calmantes”, julga certamente que os trabalhadores e o povo são estúpidos e não compreenderam de imediato que a fórmula anunciada – e, de facto, já esperada – tem exactamente o mesmo objectivo e alcance da derrotada e já enterrada TSU. O povo sabe que este governo traidor pretende, com a mão que “devolve” um dos subsídios a confiscar em 2013 aos trabalhadores da função pública, roubar, através deste “novo escalonamento” do IRS, valor de montante idêntico ou superior àquele. Assim como entende perfeitamente que este governo deseja estender aos trabalhadores que vendem a sua força de trabalho às empresas privadas esse confisco ilegal de um subsídio.

Mas, para quem tinha dúvidas acerca de ao serviço de que classe e de que interesses de classe está este governo, as afirmações que produziu o secretário de estado Moedas na entrevista que deu, esta noite, à TVI, sobre as medidas anunciadas à tarde pelo seu chefe Gaspar, ainda a propósito das polémicas declarações do conselheiro António Borges acerca da falta de inteligência dos empresários portugueses ao opor-se à aplicação da TSU, é reveladora: “É preciso que se compreenda que este governo é amigo das empresas!”. Isto é, dos empresários, já que dos trabalhadores demonstra ser um inimigo figadal!

O que o governo parece não entender é que, depois do anúncio de Passos no passado dia 07 de Setembro e da reacção popular que de imediato se seguiu e enterrou a TSU, Gaspar Dixit deu agora o mote final: Governo para a Rua, a trote ou a galope!


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