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PAÍS

António Borges: A ''gritaria'' de quem trabalha há-de ensurdecê-lo!

O corsário António Borges, um dos “sábios” convidados para a “universidade de verão” do PSD, à entrada para esta iniciativa que visa a formação de seguidistas e carreiristas no seio daquele partido, veio afirmar, todo indignado, que não entendia a “gritaria” que se estava a produzir em torno da anunciada fórmula de privatização/concessão da RTP (muito provavelmente extensível à RDP).

Se entende por gritaria, a “violenta oposição” de Seguro e do PS, está a confundir suspiros com decibéis elevados. Porque, quando os trabalhadores lhe gritarem aos ouvidos, como fazem para tocar as mulas para a frente, pode ter a certeza, António Borges, que nesse momento ensurdecerá. Arriscamos mesmo a afirmar que outras funções dos seus sentidos deixarão, então, de funcionar também.

Se julga que sairá impune ao julgamento que a história, feita por quem trabalha e que, neste momento, sofre as consequências da imposição de medidas terroristas e fascistas que o governo que o sustenta implementa, desengane-se. A justiça popular pode tardar…mas não falhará!

Que os grupos financeiros e bancários que patrocinam a sua actividade- FMI e Goldman Sachs – estejam muito satisfeitos com a forma como está a conduzir o processo de privatização dos últimos activos e sectores estratégicos da economia ainda nas mãos do estado, não nos surpreende. Os “favores” são para se pagar. E, no seu caso…a peso de ouro!

Mas, os trabalhadores certificar-se-ão que quando você, cego, surdo e mudo, fruto da “gritaria” que eles produzirão contra as políticas que você propõe, se afogar no imenso oceano atlântico, leve preso ao pescoço, como lastro eficaz para o manter bem lá no fundo, o “ouro” roubado, e a riqueza que eles produziram ao longo de décadas de trabalho e que, agora, você e o governo de serventuários da tróica germano-imperialista que caucionam a sua actividade, querem desviar para pagar uma dívida que eles não contraíram, nem foi contraída para seu benefício, volte à sua posse.

Nenhuma manobra de distração o safará! Pode vir agora agitar o “papão” da venda da RTP, mentindo com quantos dentes tem que tal se deve à necessidade da “contenção de despesas”. Pode advogar a defesa da venda do que resta da GALP, da EDP, da venda das Águas de Portugal, do hoje anunciado articulado definidor dos termos em que a ANA vai ser vendida.

Os números que histericamente – a exemplo do que faz o seu chefe Passos Coelho - atira aos trabalhadores, julgando que funcionarão como a poeira que cegará o seu discernimento, não surtirão o efeito que deseja. Isto é, que todas estas privatizações têm como base ideológica a facilitação da acumulação capitalista. Os números, mesmo quando são manipulados, como é o caso, só nos dizem o quanto “gastámos” e não porque é que “gastámos” ou como “gastámos”. Porque será?

Se há coisa que os trabalhadores há muito compreenderam é que, após o derrube deste governo de traição e a constituição de um governo democrático patriótico, um novo paradigma de economia, ao serviço dos trabalhadores e do povo, e controlada por estes, advirá. E, então, os números serão apenas e tão só a representação matemática de objectivos estratégicos!

Objectivos que passam pela recuperação do tecido produtivo destruído por décadas de governos vendidos do PS e do PSD, por vezes acolitados pelo CDS, objectivos que passam por um plano de investimentos criteriosos, objectivos que passam por ter activos e sectores estratégicos na posse de um estado ao serviço dos trabalhadores, condição âncora para que possamos prosseguir uma política independente e geradora de riqueza a ser colocada ao serviço do povo e de quem trabalha.


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