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PAÍS

Aguiar Branco: quando o ofensor se quer fazer passar por ofendido!

Há por aí um bispo da igreja de Roma que costuma dar uma no cravo e outra na ferradura e que, desta vez, produziu umas declarações nas quais se pronunciou contra a corrupção que domina este governo, classificando os seus membros como diabinhos negros que andam por aí à solta a fazer umas tropelias contra o povo.

Pelo facto de ministrar o seu ofício nas Forças Armadas, isso levou a que o governo tenha escolhido o ministro Aguiar Branco para vir às televisões, rádios e jornais demonstrar o quão ofendido ficou o governo de traição PSD/CDS com aquelas declarações que, em nossa opinião, e para quem as tiver ouvido adequadamente, apesar de as registarmos com algum apreço, até são muito suaves. (Ainda que não se deixe de assinalar o embaraço das chefias eclesiásticas que vieram logo demarcar-se, classificando essas denúncias como pessoais – é que, tal como Cerejeira, esta hierarquia mostra estar empenhadíssima em sustentar a política do governo, temendo que o povo saia à rua, em lugar de ir rezar para as igrejas ou dar e pedir esmolas).

É que o que os membros deste governo andam a fazer contra os trabalhadores e o povo português nada tem a ver com a mítica luta entre anjos e diabos, mas antes com a luta entre os interesses de quem trabalha e os interesses de classe que este governo defende que são, nada mais, nada menos, do que os interesses da burguesia, dos grandes grupos económicos e financeiros, da tróica germano-imperialista que, à custa da corrupção, do compadrio e da chantagem têm transformado o nosso país numa autêntica sub-colónia ou protectorado do imperialismo germânico.

Num sistema político e económico onde a ganância pelo lucro a todo o custo promove a corrupção sem limites, é uma redundância classificar o poder de corrupto. O poder burguês num todo! Porque, se é certo que é o governo que impõe a ferro e fogo as medidas terroristas e fascistas que a tróica germano-imperialista lhe dita, não menos certo é que o presidente da República cauciona essa governação e o tribunal constitucional demite-se de fazer cumprir a Constituição cujos princípios foram literalmente rasgados por aquelas medidas, não menos certo é que a oposição parlamentar, apesar de se reclamar de esquerda, ou se entreteve a levar a cabo uma famigerada oposição violenta…mas construtiva, como é o caso do PS que, solidariamente com PSD e CDS, assinou o memorando com a tróica ou bem que veio propor que se renegociasse a dívida, fazendo o povo pagá-la na mesma, mas em prestações suaves e a juros baixinhos!

Não se trata, pois, de tropelias que um grupo de mal-comportados rapazes pratica por aí. Não! São actos da guerra que a burguesia declarou a quem trabalha e que não se resolvem com um qualquer correctivo ou reprimenda, mas sim com a organização, a combatividade e a unidade de uma frente de todas as camadas populares, de esquerda, que leve ao derrube deste governo de traidores e corruptos e, em seu lugar, constitua um governo democrático patriótico cuja primeiríssima medida seria o repúdio da dívida!

 

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