PAÍS
Cavaco: E as vaias e os apupos continuam!
- Publicado em 16.06.2012
Por onde quer que passe Cavaco Silva, um dos pilares da santa trindade – governo de traição PSD/CDS, presidência da república e abstenção violenta do PS – que serve os interesses da tróica germano-imperialista e impõe aos trabalhadores e ao povo português as medidas terroristas e fascistas que ela dita, é confrontado com o carinho que o povo lhe reserva por se prestar a esse papel.
Aconteceu, uma vez mais, esta tarde à frente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, onde Cavaco Silva esteve presente para uma cerimónia de celebração do dia da cidade. Assobiado e apupado por muitos elementos do povo que sabem que foi ele que promulgou e apadrinhou a Lei Geral do Orçamento de Estado para 2012, que consagra o roubo do salário e do trabalho, a diminuição e liquidação de prestações sociais, o aumento das taxas moderadoras e o encerramento de hospitais locais, entre muitas outras medidas, todas elas a concorrer para o aumento do desemprego e da miséria, provocando um cada vez maior endividamento e recessão.
Os trabalhadores e o povo, como ficou bem demonstrado nesta manifestação de repúdio à sua presença na Póvoa de Varzim, sabem que Cavaco Silva é, também, o político que há mais tempo ocupa lugares de topo no aparelho de estado burguês, desde 1º ministro a presidente da república, tendo sido responsável pelo essencial dos acordos de traição e das medidas que levaram à destruição do nosso tecido produtivo, desde a siderurgia nacional às pescas, passando pela agricultura e pelos estaleiros navais – Lisnave, Setenave, Estaleiros de Viana do Castelo, etc. -, para citar apenas algumas.
Vários trabalhadores presentes recordavam, aliás, que “Cavaco é o político que mais tempo de governação” teve e, como tal, “não deve ser bem recebido vindo aqui nem em nenhuma localidade”.
Durante o decorrer da cerimónia a que foi presidir que os trabalhadores e o povo presente o brindam com palavras de ordem que vão desde a exigência do aumento do ordenado mínimo, até a um rotundo não à pobreza, fazendo ver a Cavaco que há muito que consideram que está na hora desta personagem sair do poder ou dele ser derrubado.