PAÍS
A luta da juventude contra o desemprego - Criatividade e mobilização, sim, mas para derrubar este governo!
- Publicado em 11.06.2012
Porque será que a uns autênticos patetas alegres que andam para aí a gritar a plenos pulmões para que os jovens se deixem de queixar e, em vez disso, façam qualquer coisa, assegurando que a palavra certa para a crise é criatividade, têm tido tanta notoriedade e tempo de antena, desde profusas intervenções no programa Prós e Prós (governo) de Fátima Campos Ferreira até entrevistas e reportagens em várias televisões, rádios e jornais?
A resposta, óbvia, é que a burguesia, o poder capitalista, lhes atribuiu o papel de desviar as atenções do sector mais jovem dos trabalhadores e desempregados, faixa etária onde a taxa de desemprego atinge já valores superiores a 36%, das verdadeiras e únicas causas da sua condição de precariedade e desemprego.
O seu papel, perfeitamente oportunista e de traição aos interesses dos jovens trabalhadores e licenciados à procura do primeiro emprego ou, pura e simplesmente, de trabalho - sector que se arrogam representar - é o de atribuir aos próprios jovens a responsabilidade pela situação em que se encontram, e não às políticas terroristas e fascistas que este governo de traição PSD/CDS, a mando da tróica germano-imperialista que ambos servem, tem vindo a aplicar e que, necessariamente, só tem provocado mais destruição do nosso tecido produtivo, mais recessão, maior índice de falências e, portanto, agravado contínua e inevitavelmente o desemprego e a precariedade.
A palavra certa para a crise não é, pois, aquela que estes ridículos jovens senhores anunciam e que apontam para o empreendedorismo, as saídas individuais, de cada um ser empresário de si próprio. A saída, de preferência assumida de forma criativa, como é timbre da generosidade e disponibilidade da juventude intelectual e trabalhadora, mas combativa e organizada, é o derrube deste governo de serventuários dos interesses neocoloniais do imperialismo germânico, é o de integrarem uma frente comum de todas as camadas populares, de esquerda, que leve à constituição de um Governo Democrático Patriótico, cuja primeira medida será a do repúdio de uma dívida que não foi contraída pelo povo, nem foi contraída para seu benefício.