PAÍS
OCDE sugere ainda mais medidas terroristas e fascistas
- Publicado em 22.05.2012
Não seria preciso a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) vir assegurar, num documento hoje divulgado – um outlook sobre várias economias, incluindo a portuguesa – que o governo de traição Coelho/Portas, serventuário dos interesses da tróica germano-imperialista, tenha de vir a adoptar novas medidas orçamentais para cumprir as famigeradas metas orçamentais.
Da persistência neste paradigma de impor aos trabalhadores e ao povo português o pagamento de uma dívida que não foram eles que contraíram, nem dela beneficiaram, à custa do roubo dos salários e do trabalho, de mais recessão e liquidação do nosso já tão depreciado tecido produtivo, nada mais resultará, sempre o denunciámos, do que a aplicação sucessiva de medidas terroristas e fascistas, umas atrás das outras, sempre com a justificação de que, afinal, as anteriormente impostas não tinham sido suficientes.
E aí estão as previsões da OCDE de um encolhimento de 3,2% do PIB (Produto Interno Bruto) para este ano, caindo mais 0,9% em 2013, com uma taxa de desemprego oficial de 16,2% (o que quer dizer que, em termos reais, em 2013, um quarto da população activa portuguesa estará no desemprego).
Claro está que, a confirmarem-se tais projecções da OCDE, os défices orçamentais situar-se-ão muito próximo dos 5% do PIB em 2012 e em mais de 3,5% em 2013, muito acima das melhores expectativas que o Gaspar Dixit e o governo de traição PSD/CDS nos foi anunciando.
Ora, neste contexto, é a própria OCDE, ciosa da defesa dos interesses de classe que representa, que anuncia que o caminho a seguir vai exigir medidas de consolidação orçamental para lá das previstas no programa que os partidos da burguesia – PS, PSD e CDS – assinaram com a tróica germano-imperialista, ou seja um ainda maior empobrecimento dos trabalhadores.
Perante este quadro, à classe operária e aos trabalhadores portugueses outra saída não restará do que rejeitarem o pagamento da dívida, organizando-se e mobilizando-se para derrubar este governo de serventuários que, a mando da tróica germano-imperialista, sobre ele tem lançado toda a sorte de medidas terroristas e fascistas, constituindo, em sua substituição, um governo que represente a unidade de todas as camadas populares e que execute um programa democrático e patriótico.