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PAÍS

Barroso chantagista e os serventuários Coelho e Cavaco

Numa altura em que se vai evidenciando cada vez mais a impossibilidade do pagamento da dívida e as inesperadas consequências, em matéria dos níveis de desemprego e do empobrecimento dos trabalhadores, da política recessiva resultante da aplicação do memorando imposto pela Tróica, desembarcaram em Lisboa, pela mão de Cavaco e Coelho, o chefe da comissão europeia Durão Barroso e a sua vice-presidente e comissária da Justiça Viviane Reding, para tentar impedir o descalabro.

Durão Barroso, que, convém não esquecer, se pôs na alheta do país para fugir às responsabilidades da política (derrotada) do seu governo, veio participar numa iniciativa promovida por Cavaco, designada de Conselho da Globalização - que reúne grandes capitalistas, dirigentes de topo de empresas multinacionais de todo o mundo - deixou aí clara a sua mensagem: os desafios estão longe de ser fáceis e só existe solidariedade dos países europeus com Portugal se houver consenso nacional.


Barroso permite-se assim vir chantagear o povo português, perante os lacaios da Tróica Coelho e Cavaco, pretendendo a todo o custo impor o acordo de traição subscrito entre o patronato e Proença na concertação social, com a total cobertura de Seguro, depois de ter sido rejeitado pelos trabalhadores portugueses na última greve geral.


No fundo, Barroso veio a Portugal ameaçar que ou as vítimas das medidas terroristas aplicadas a mando da sua patroa Merkel e do FMI se deixam submeter aos ditames da Tróica ou não contarão – como se alguma vez tivessem beneficiado dela – com a solidariedade europeia e serão alvo de novas medidas de austeridade.


E atrás de Barroso, veio uma outra emissária de Merkel, a Sra. Viviane Reding, esta para se dirigir aos deputados para, imagine-se, agradecer o facto de Portugal ter sido pioneiro na vergonhosa manifestação de servilismo e renúncia da sua soberania na ratificação do chamado tratado orçamental.


Ignorando, ou fazendo que ignora, a fome, miséria e humilhação a que estão a ser sujeitos os trabalhadores portugueses e os cerca de 23% de desempregados, em consequência da aplicação da política da Tróica, a comissária europeia dos (pasme-se!) direitos fundamentais e cidadania, aplaudiu com toda a desfaçatez a forma como o governo trabalha, avança e resolve os problemas!


Por cima de todos estes reforços na campanha de contra-propaganda com que se procuram auto-convencer de que não contarão com a resistência do povo português, surgiu o serventuário Cavaco proclamando que espera – não é uma garantia – que a tendência para o crescimento do desemprego poderá sofrer uma inversão.


É tal o pavor que se apoderou desta gente que já passou a ser notícia altamente positiva o desejo do presidente de que o desemprego deixe de aumentar – não é diminuir – no segundo semestre deste ano!


Mas de nada valerão todas estas manobras, quando o povo português empunhar decididamente a bandeira do não pagamento da dívida e correr com a Tróica e os seus agentes em Portugal.


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