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PAÍS

PESCAS:
Os Governos Portugueses Protegem os Piratas Espanhóis

Nos mares das regiões autónomas dos Açores e da Madeira há dezenas de embarcações estrangeiras, sobretudo espanholas, a pescar, com palangres de superfície, no interior da sub-zona das cem milhas da zona económica exclusiva portuguesa das duzentas milhas marítimas.

Esta pesca de rapina espanhola constitui uma violação dos nossos direitos económicos, mas representa sobretudo uma violação da nossa soberania.

As embarcações de pesca madeirenses e açorianas cruzam-se quase todos os dias com a gatunagem espanhola, que exibe as suas embarcações de grande porte e com elas captura tanto o peixe migratório como o peixe local regional, e não respeitam nem quotas de pesca nem limitações de nenhuma espécie.

A Marinha Portuguesa sabe disso, mas não adopta nenhuma atitude de detenção das unidades de pesca estrangeiras e de aprisionamento dos violadores.

Ao cochicho, os oficiais da marinha vão fazendo constar que os sucessivos governos portugueses “não têm considerado como importante a missão de vigilância e de salvaguarda da soberania nacional sobre os mares e recursos da nossa zona económica exclusiva”.

Os gatunos estrangeiros podem continuar a rapinar os nossos recursos piscícolas à vontade, mesmo nas barbas dos oficiais da Armada, que não vêem, não ouvem, nem actuam.

Não vêem, não ouvem nem actuam, não é bem assim: eles vêem, ouvem e actuam unicamente, exclusivamente e raivosamente contra as embarcações açorianas e madeirenses de pesca costeira e artesanal, aplicando coimas violentíssimas pela mais ligeira das infracções.

Temos uma Armada que, cumprindo ordens dos governos de traição nacional em Lisboa - sejam do PSD, do PS ou do CDS - persegue ferozmente os pobres pescadores madeirenses e açorianos, portugueses ambos, e faz de capacho para as frotas pesqueiras estrangeiras, sobretudo espanholas.

Aliás, a Marinha Portuguesa só tem uns naviozecos na Madeira e nos Açores, para a missão de perseguição dos pescadores locais, pois os meios navais e aéreos de que deveria dispor para a vigilância da soberania nos mares das nossas regiões autónomas são praticamente nulos.

Em 2001, a Armada detinha, nas águas regionais dos Açores, duas corvetas e um patrulhão e, de 2002 até hoje, resumiu-se a um patrulhão ou, melhor dizendo, a um patrulhãozeco. Nos mares da Madeira pasta também um patrulhão ridículo.

A Armada abandonou a vigilância e defesa das Regiões Autónomas e prefere ir passear as barbas para os mares do Corno de África, à cata dos piratas abexins. Mas, meus senhores, deixem-se de tretas: há piratas estrangeiros nos mares das regiões autónomas dos Açores e da Madeira, isto para já não falarmos nos piratas de Lisboa, nos mares do Terreiro do Paço. Porque não se dedicam a caçar esses?

Fartos de serem roubados, e com uma Armada e um governo que ainda por cima só protegem os piratas, os açorianos mexeram-se primeiro que os madeirenses, e, vai daí, a Cooperativa Porto de Abrigo, de São Miguel, deduziu contra o estado central português acções judiciais por total ausência de fiscalização das águas regionais dos Açores.

Os madeirenses, mais que não seja que por solidariedade aos seus irmãos açorianos, não devem abandoná-los numa luta que também é sua.

Os governos portugueses, sobretudo depois de terem entregue o país à União Europeia, são governos de traidores vende-pátrias, mas os portugueses não podem ficar de braços cruzados, enquanto os seus governantes vão vendendo o país e deixando piratear os seus mares e recursos, contra o salário de umas férias em Benidorm.

21.10.2015


A. M.



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Comentários   

 
# Manuel de Lima Silva 07-11-2015 08:38
É verdade que os pescadores e o povo em geral sabem que as nossas águas são saqueadas por toda a corja de oportunistas, onde os espanhóis com a sua frota super apetrechada o fazem sem que os órgãos responsáveis mexam uma palha para reverter esta situação em favor dos interesses de Portugal sendo o nosso país o que tem o maior consumo per capita de peixe da Europa!!! Mas, como o camarada (A.M) diz, não se faz nada??? Nem se aproveita o movimento de revolta dos pescadores, que no rio Tejo são perseguidos, presos, multados e até mortos, devido à perseguição da policia marítima, tal como aconteceu com os pescadores caparicanos Fanã e Quinzana.

Saudações.
 

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